A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros de Araraquara, interior de São Paulo, encontraram, na noite desse domingo, o corpo do cabeleireiro Carlos Renato Invaldi, de 42 anos, em uma chácara no bairro conhecido como Rota 80. Ele, que estava desaparecido desde o dia 31 de agosto, foi morto e jogado no fundo de um poço, a 12 m de profundidade. Um homem acusado do crime já está preso.
A família de Invaldi, que tinha um salão no centro da cidade, o procurava desde o dia 31. Um Boletim de Ocorrência foi feito no dia 2. O delegado Elton Negrini, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), diz que o crime está esclarecido com a prisão do desempregado Everton Spinelli, 21. A morte de Carlos Renato Invaldi está sendo registrada como latrocínio roubo seguido de morte porque a moto da vítima foi roubada.
À polícia, o jovem de 21 anos declarou ter se encontrado, ocasionalmente, com o cabeleireiro próximo à Penitenciária de Araraquara, no dia 31. A vítima, segundo ele, o teria chamado para fazer um programa sexual. Ele aceitou. Os dois, então, foram até a chácara abandonada e ocupada pelo desempregado. Ali, de acordo com a polícia, os dois discutiram. Dentro da casa foi visto sangue.
Ainda não está claro de que forma o desempregado atingiu o cabeleireiro no rosto. A suspeita é que ele o tenha ferido e o matado dentro da casa. No entanto, provavelmente, já sem vida, o cabeleireiro foi jogado nu dentro do poço. Sem qualquer receio, a moto de Invaldi, uma Honda CG, 150 cilindradas, passou a ser usada pelo jovem de 21 anos. Sem muitas pistas, o caso vinha sendo acompanhado pela polícia apenas como desaparecimento até a tarde desse domingo.
O desempregado foi parado por policiais militares passeando com a moto roubada em uma das avenidas da cidade. Ao fazer a pesquisa no sistema, foi descoberto que a moto pertencia ao cabeleireiro desaparecido. Detido, ele confessou parte do crime. "Ele nos disse uma história estranha. Falou que os dois estavam na chácara, a vítima se sentou no poço e caiu sozinha lá embaixo. Assustado, ele fechou o poço com uma tampa e não contou pra ninguém", disse um policial.
Spinelli levou os policiais até a chácara e mostrou o poço usado para esconder Invaldi. O Corpo de Bombeiros foi acionado e teve muito trabalho para retirar o corpo lá debaixo. O sargento Amarildo Garutti, dos Bombeiros, conta que foram usadas ferramentas e um aparelho próprio para esse tipo de resgate. Foram quase duas horas. Um soldado desceu com uma corda e oxigênio e, juntamente com outros bombeiros, içaram o corpo do cabeleireiro.
O acusado está sendo ouvido na Delegacia. Ele será preso pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver.