O delegado titular de Vinhedo (SP), Álvaro Santucci Noventa Júnior, afirmou nesta sexta-feira (30) que as investigações da morte de Gabriela Yukari Nichimura, de 14 anos, que caiu do brinquedo "La Tour Eiffel", no parque de diversões Hopi Hari, caminha para a hipótese dos indiciamentos por homicídio culposo - quando não há intenção de matar. Segundo o delegado, mais de uma pessoa deve ser responsabilizada pelo acidente ocorrido em 24 de fevereiro e outros funcionários do parque devem prestar esclarecimentos sobre o caso.
"Mais três pessoas serão ouvidas para encerrar a etapa dos depoimentos", afirma Noventa Júnior. O delegado aguarda pelo resultado do laudo produzido pelo Instituto de Criminalística (IC) de Campinas, previsto para a primeira quinzena do mês de abril.
O delegado disse que existe diferença quanto ao trabalho de oitivas feitas pelo Ministério Público (MP). "Os promotores investigam a relação que envolve o direito do consumidor e podem oferecer outras denúncias para a Justiça, um processo diferente do que é feito no inquérito policial", explica.
Noventa Júnior ressaltou que a morte no Hopi Hari tornou-se um dos casos mais complexos da carreira até então. Ele já ouviu a mãe de Gabriela, a prima que estava sentada ao lado da adolescente no brinquedo, Natasha Domareski, uma tia, os operadores Edson da Silva, Marcos Antônio Tomás Leal e Vitor Igor de Oliveira, o atendente sênior Lucas Martins, além de outros funcionários e testemunhas que estavam presentes no parque no dia do acidente.
Perícia contestada
Os pais de Gabriela Nichimura estiveram na Corregedoria da Polícia Civil de Campinas nesta quinta (29) para prestarem depoimentos. Armando e Silmara questionaram o trabalho executado pela perícia e querem apurar quem são os responsáveis pela divulgação de imagens da adolescente ferida em redes sociais. Os pais de Gabriela voltam sábado para o Japão.
Brinquedo liberado
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Hopi Hari informou que o brinquedo "Simulákron" (cinema com exibição em 3D) estará disponível aos visitantes que forem ao parque neste fim de semana.
O brinquedo havia sido interditado após vistorias realizadas pelo CAEx/MP (Centro de Apoio Operacional à Execução do Ministério Público do Estado de São Paulo, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e Corpo de Bombeiros. As atrações "La Tour Eiffel" e "West River Hotel" permanecem indisponíveis ao público.