A Operação Hermes, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, resultou na apreensão de várias partes e membros de animais, principalmente de origem africana.
Entre os itens confiscados nas bagagens, destacam-se uma cabeça de babuíno e frascos contendo bile de urso, que são espécies protegidas pela Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (Cites). Além disso, foram encontrados ratos empalados e cabeças de aves de diferentes espécies. Parte desses materiais apresenta alto potencial de introdução de doenças no Brasil, por estarem no estado in natura e sem a documentação de origem necessária.
Na mesma operação, no terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos, os agentes ambientais federais apreenderam mais de 11.000 peixes ornamentais de diversas espécies, incluindo Corydoras, Hyphessobrycon, Paracheirodon, Peckoltia, Symphysodon e Tucanoichthys, em uma tentativa de exportação para Taiwan, sem a documentação de origem exigida.
Em uma operação coordenada, a equipe de fiscalização da Operação Hermes interceptou envios postais internacionais nos Correios com destino aos Estados Unidos, França e Espanha. Os pacotes continham 15 kg de bexigas natatórias de espécies não identificadas, além de materiais de artesanato feitos com penas de aves silvestres, como araras e papagaios, dentes de onça, jacaré e cateto, fragmentos de carapaças de quelônios, crânios de jacaré, aves de rapina, rabo de raia e corais. Todos esses materiais foram apreendidos e os remetentes foram autuados.
Além disso, dois indivíduos, um nigeriano e um chinês, foram autuados por tentarem entrar no Brasil com esses itens sem um parecer técnico oficial favorável ou licença da autoridade ambiental competente. As peças e objetos apreendidos foram encaminhados para destruição. Essa operação foi conduzida em colaboração com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a Receita Federal do Brasil (RFB). As apreensões ressaltam a necessidade de uma fiscalização rigorosa para proteger a biodiversidade e a saúde pública da sociedade brasileira.
(Com informações do IBAMA)