Um idoso de 64 anos foi detido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Ceará, com 66 filhotes de aves silvestres no porta-malas de um veículo. O flagrante aconteceu na BR-222 no município de Tianguá, no último sábado (17). O condutor informou que comprou os animais no Piauí por R$6 mil e que estava os transportando com intuito de comercializá-los em feiras livres de Fortaleza (CE).
De acordo com a PRF-CE, essa é a quarta vez que o acusado é detido pelo mesmo crime. Foram 64 papagaios verdadeiros (Amazona aestiva) e 2 papacapim (Sporophila nigricollis). Os animais estavam confinados em caixas de papelão com pequenos orifícios, sem água ou comida, e sem ventilação adequada. Todos eram transportados sem a devida permissão, licença ou autorização de autoridade competente.
A ação aconteceu por volta das 17h40, quando os policiais abordaram o veículo do acusado no KM 315. Após verificação da documentação pessoal e veicular, os policiais fizeram uma vistoria no carro e no porta-malas foram encontradas caixas de papelão contendo as aves em condições degradantes de transporte.
Diante das informações obtidas, foi constatado o crime de Tráfico de animais silvestres e Maus-tratos a animais. O veículo, o condutor e os animais foram encaminhados para Delegacia de Polícia Civil para os devidos procedimentos.
Os animais foram encaminhados e chegaram nesta segunda-feira (19) no IBAMA em Teresina. Em entrevista ao Meionorte.com, o veterinário Fabiano Pessoa explicou que os trabalhos agora serão voltados para o cuidado nutricional dos filhotes, que serão inseridos futuramente em projetos de soltura na natureza.
“Como são filhotes, agora vamos ter o cuidado nutricional com eles, fazendo coleta de amostras com a equipe da UFPI, do Hospital Veterinário e eles vão depender muito desse manejo. Esperar todo esse processo de empenamento. É algo que a gente fica indignado; a informação que ele já foi autuado, tem uma ficha criminal por vários crimes ambientais. São animais de São João da Fronteira e seguiam para Fortaleza. O cuidado daqui para frente será o máximo possível para a gente tentar suprir o que o pai e mãe iriam fazer no ninho”, disse o veterinário.