A sensação de insegurança está cada vez mais presente na vida dos moradores do Bairro Esplanada, zona Sul de Teresina. Com uma média de cinco assaltos diários, os assaltos acontecem até quando os moradores estão em casa, isso porque os bandidos invadem as residências e ameaçam os moradores.
Segundo o comerciante Raimundo Pereira, que colocou grades no seu estabelecimento e em sua residência, ele ainda não se sente seguro, pois sabe que a qualquer momento alguém pode invadir e levar todos os seus bens.
"Quando entraram no meu comércio levaram na época ovos de Páscoa, shampoo, maços de cigarro e trezentos reais em moeda, mas apesar de ter colocado essa grade, todos os dias tenho medo de chegar aqui e ter sido furtado", disse.
Conforme explica o diretor social da Associação de Moradores do Esplanada, Messias Rhennyk, essa onda de assalto começou no final do ano passado e os bandidos estão cada vez mais ousados. "Os assaltos acontecem a qualquer hora do dia e da noite.
As pessoas antes procuravam ficar dentro de casa, porque consideravam ser mais seguro, mas eles estão invadindo as casas, apontando arma e levando tudo que conseguem dos moradores, ninguém tem mais paz", denunciou Messias.
O diretor da associação relata ainda que a onda de assaltos aumentou depois que desativaram o posto de policiamento do bairro, e recentemente assaltantes roubaram um carro que ficava estacionado na garagem do posto.
"Eles saíram derrubando muro e portão no dia do assalto. O que era pra ser um local seguro, hoje é alvo dos marginais, que utilizam o posto para se esconder da polícia e usar drogas, já que também está tomado pelo matagal", lamentou.
Os transportes coletivos não escapam da mira dos bandidos, que aproveitam o momento de pico para agir. Messias Rhennyk conta que os assaltantes chegam até a atirar para intimidar as vítimas.
"Hoje tenho que ir buscar minha esposa todos os dias na parada, pois ela não se sente mais segura. Quando assaltaram a van que ela estava atiraram contra ela, mas graças a deus o tiro não acertou".
Para tratar sobre o problema, a redação do jornal Meio Norte tentou entrar em contato com o comandante do 6º Batalhão de Polícia, major John Feitosa, responsável pelo policiamento da zona Sul da capital, mas este não atendeu as nossas ligações.