Nesta sexta-feira (15), o médium João Teixeira de Faria, conhecido popularmente como “João de Deus", foi condenado em três processos por crimes sexuais. Em decisão dada pelo juiz Marcos Boechat Lopes Filho, o médium foi sentenciado a mais 118 anos de prisão, no total a pena de João de Deus chega a 489 anos e 4 meses de reclusão.
O médium foi condenado além da prisão, a pagar cerca de R$ 100 mil em indenizações por danos morais às vítimas. O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), alega que todas as 17 ações penais respondidas pelo médium foram julgadas em primeira instância. Por conta de uma decisão em segunda instância, João de Deus responde atualmente em prisão domiciliar.
O TJ-GO pontua ainda que a defesa do médium fez seis apelações contra as sentenças de condenação, que foram analisadas e providas pelo Tribunal. Todavia, duas delas ainda correm no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e estão na fase de recurso. As ações não foram julgadas e não possuem acórdão até o momento.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), João de Deus foi denunciado por crimes praticados contra 66 vítimas e condenado em relação a 56 delas. Através de nota, a defesa de João de Deus, o advogado Anderson Van Gualberto, disse que aguarda as intimações referente as novas sentenças dadas ao médium. Ele afirma que vai recorrer frente à condenação.
As denúncias começaram a chegar a partir do dia 7 de dezembro de 2018, as vítimas alegaram que foram abusadas sexualmente pelo réu durante atendimentos espirituais na casa Dom Inácio de Loyola. O médium foi preso inicialmente no dia 16 de dezembro de 2018.
Quase dois anos depois, em março de 2020, ele foi transferido para o regime de prisão domiciliar. Em 26 de agosto de 2021, o médium retornou novamente para o presídio. E em sequência, no mês seguinte, voltou ao regime domiciliar, em Anápolis. João de Deus segue no modelo de prisão até esta sexta-feira (15).