O jogador de futebol Marcinho, que atualmente joga pelo América-MG, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) pelo atropelamento que resultou na morte de um casal de professores no Recreio em dezembro de 2020.
A decisão judicial estabeleceu uma pena de detenção de três anos e seis meses em regime aberto, que pode ser substituída por prestação de serviços, e a suspensão do direito de dirigir pelo mesmo período. Marcinho pode recorrer em liberdade.
O juiz Rudi Baldi Loewenkron afirmou na decisão que o jogador trafegava em alta velocidade e deixou o local do acidente sem prestar socorro, apesar de saber da existência de um posto do Corpo de Bombeiros nas proximidades.
Segundo a decisão do juiz Rudi Baldi Loewenkron, Marcinho se apresentou à polícia somente cinco dias depois do acidente, o que inviabilizou a realização de um teste de alcoolemia. O magistrado também considerou que as vítimas atravessaram a avenida fora da faixa de pedestres.
O atropelamento ocorreu no final de 2020, quando os professores Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima estavam atravessando a Avenida Sernambetiba no Rio de Janeiro. Alexandre morreu imediatamente e Maria Cristina faleceu dias depois.
O casal estava junto há 13 anos e havia ido à praia para jogar flores para Iemanjá, tradição que faziam todos os anos. No entanto, devido à pandemia, anteciparam a ida à praia em um dia e optaram por ir de carro. Ao atravessar a avenida em direção ao calçadão, foram atropelados pelo carro conduzido pelo jogador Marcinho.
Segundo relatos, o carro de Marcinho ficou amassado, mas ele deixou o local e estacionou o veículo em uma rua próxima ao local do acidente. Um vídeo divulgado pelo programa Fantástico mostra a ação.
Ao prestar depoimento à polícia, Marcinho afirmou que estava em um encontro familiar na casa de um primo e que saiu para ir a um supermercado. As imagens de câmeras de segurança confirmaram a ida ao estabelecimento. O jogador também negou ter ingerido bebidas alcoólicas na ocasião.
Porém, as imagens das câmeras de segurança de um restaurante mostraram Marcinho bebendo cinco chopes e uma água no dia do acidente, o que foi confirmado pela polícia.