Uma mulher identificada como Vitoria Caroline Ferreira Miranda Costa, de 22 anos, foi morta com golpes de facão pelo próprio irmão, o açougueiro Pedro Miranda, de 19 anos, na frente do pai dos dois, um aposentado cadeirante de 66 anos.
Segundo o pai, a última frase dita por Vitoria foi: “Você tem que pôr na sua cabeça que o seu casamento acabou”, depois disso, a filha foi brutalmente atacada pelo seu outro filho. Com os ferimentos, a jovem veio a óbito no local. O crime ocorreu em Mongaguá, no litoral de São Paulo. A polícia pediu a prisão do suspeito.
De acordo com o delegado titular do caso, Ruy de Mattos, Vitoria foi morta no momento em que carregava o pai. “Ela cuidava dele, estava justamente lhe colocando na cama para dormir, carregando no seu colo, quando recebeu o primeiro golpe profundo nas costas”, disse.
Ao tentar se defender, Vitoria foi golpeada no rosto, ombros, embaixo do braço e nos seios. Depois de cometer o crime, Pedro fugiu em uma motocicleta preta com destino ignorado.
Segundo o apurado pelo delegado, a relação de Pedro com os parentes não era boa. Contra o rapaz, há três boletins de ocorrência registrados: um de violência doméstica, sendo a irmã a vítima, outro de maus-tratos contra o pai, e mais um por roubo, ocorrido na cidade.
"Pedro mantinha um relacionamento, e essa mulher morava com ele há pelo menos dois anos. O pai sustentava os dois e chegou um momento em que pediu para que ambos saíssem de casa, mas eles terminaram justamente pelas brigas constantes, por ciúmes e pela vida pregressa do rapaz", disse o delegado.
Após ingerir bebida alcoólica e ficar alterado, ele ouviu a frase da irmã. Em seguida, de acordo com a polícia, ele voltou ao quarto do pai e a apunhalou pelas costas. "A jovem tentou se defender, mas não conseguiu. O pai viu tudo. Foi ferida gravemente no rosto e acabou morrendo ali mesmo, no local", afirmou Mattos.
Vitoria foi encontrada pela ex-cunhada, que foi à residência para buscar os bens pessoais depois de ter terminado o relacionamento com Pedro. O aposentado, que assistiu ao crime, não conseguiu socorrer a filha, nem pedir ajuda, pois, segundo a polícia, era incapaz de sair da cama.
"Aguardamos a apresentação do Pedro ao longo do dia. Como isso não aconteceu, solicitamos a prisão temporária dele ao plantão judiciário. Também não encontramos a faca utilizada. O inquérito está aberto", informou o delegado.