Um jovem de 19 anos foi preso após confessar ter matado e esquartejado o próprio irmão, nesta quarta-feira (27), em São Paulo. Em depoimento à polícia, o acusado, Guilherme Alcântara, afirmou que “precisava matar”, e que o irmão mais novo era a pessoa “mais próxima e vulnerável” para o crime.
A criança, Caio França de Alcântara, de apenas 7 anos, teve as partes do corpo escondidas debaixo da cama do acusado. Guilherme, que não demonstrou remorso durante o depoimento, ainda falou que praticou a barbárie para satisfazer uma necessidade. Segundo a Polícia Civil, o jovem cometeu o crime sozinho, e na ocasião estava sozinho com a vítima.
Questionada, Juliana de França, mãe do acusado e da vítima, contou à “Record TV” que costumava sair de casa pela manhã para trabalhar, momento em que o filho mais novo, que tinha Transtorno do Espectro Autista - TEA, ficava sob os cuidados do irmão.
O pai trabalha durante a noite como vigilante e sempre chega no horário em que o crime foi cometido. Na terça-feira (26), então, quando retornou para casa e não achou o caçula, ele iniciou as buscas. Imediatamente ligou para a esposa para saber se o filho tinha ido para o trabalho junto, no entanto, Juliana afirmou que a criança até tinha pedido para, mas que ficou em casa.
Conforme o depoimento, o pai então questionou o filho mais velho sobre a criança. Guilherme contou que estava dormindo e que não notícias do irmão. Na quarta-feira (27), a Polícia foi acionada, e os agentes realizaram a busca na residência da família.
Durante as buscas na casa, os policiais encontraram, escondidas dentro de um saco de lixo e embaixo da cama de Guilherme, uma parte do corpo de Caio. A outra parte estava dentro do armário. Além disso, os agentes ainda apreenderam um caderno do jovem com planos para o crime.
Guilherme Alcântara teve a prisão decretada, segundo informou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP). Ele foi autuado por homicídio, e a conversão da prisão em flagrante para preventiva foi solicitada. Além disso, objetos relacionados ao crime também foram apreendidos e encaminhados para perícia.
Vizinhos da família relataram que Guilherme Alcântara usa medicação controlada para doenças psicológicas e, em 2019, já teria planejado fazer um massacre em uma escola da região.