O presídio feminino de Vilhena (RO) proibiu que a jovem Vania Basílio Rocha receba visitas de familiares e alimentos por 30 dias. Diagnosticada com sociopatia nos laudos médicos, a jovem que matou o ex-namorado a facadas no ato sexual descumpriu uma das normas da unidade e foi punida. Segundo a direção, que não quis divulgar o teor da infração, tanto Vania quanto as outras cinco detentas da cela não podem receber qualquer produto alimentício até início de agosto.
O comunicado da proibição da cela dois foi colocado em um mural do presidio feminino da cidade. Segundo o documento, as presas da cela dois, onde Vania está presa desde janeiro, estão sem visita e sem "jumbada" – alimentos e outros produtos levados por visitantes. Na cela há seis mulheres.
No último dia 12 de julho, Vania foi levada para a audiência de instrução no Fórum local. De acordo com o defensor público de Vania, George Barreto Filho, a audiência foi o momento processual em que parte e testemunhas são ouvidas para declarar o que sabem sobre os fatos que estão sendo apurados.
Após Vania chegar no Fórum, familiares e amigos de Marcos Catanio Porto, jovem que foi morto por Vania, fizeram um manifesto na frente do Fórum Criminal de Vilhena. "Nós queremos que ela vá a júri popular", enfatiza o irmão da vítima, Alberto Catanio Porto.
O grupo estava vestindo camisetas com a foto de Tim, como era conhecido. Nas costas dos familiares e amigos, a roupa apresentava a frase: "Quem ama não mata! Queremos justiça!".