Rapaz que matou jovem piauiense fez post enigmático antes do crime

Everson matou a namorada Brena e acabou sendo morto por criminosos

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O jovem suspeito de assassinar a namorada após uma briga no réveillon, e que foi encontrado morto na última terça-feira (3), em Praia Grande, no litoral de São Paulo, postou uma série de mensagens misteriosas em seu perfil em uma rede social, horas antes do crime. O perfil do assassino e as postagens nas redes sociais serão investigadas e podem ajudar a esclarecer o crime e também quem matou o rapaz no dia seguinte.

De acordo com informações da Polícia Civil, Everson Lopes, de 21 anos, e a jovem piauiense Brena Pereira, de 20, discutiram após a queima de fogos na vidada de ano. Depois da briga, Lopes matou a companheira na casa dele, no bairro Vila Antártica. Na sequência, ele foi até a casa do padrasto, com a roupa cheia de sangue, e confessou o crime. Logo depois, fugiu. O padrasto foi até a casa e a encontrou morta em cima de um colchão, com duas facadas no pescoço.

No dia 31 de dezembro, poucas horas antes de o jovem matar Brena, ele postou uma série de mensagens enigmáticas em sua página no Facebook. Na última, ele escreveu: "Posso ter perdido tudo, mas não perdi o mais importante, a fé... Guerreiro de fé nunca gela". Um pouco abaixo, surgem outras frases que sugerem problemas no relacionamento. "A vida tem seus altos e baixos", "Que que isso, eu não tô acreditando", "Me restou apenas um grande vazio" e "Vida que segue, cada um tem o que merece".

Brenda Pereira tem seus familiares na zona rural de Massapê do Piauí. Residia na Praia Grande São Paulo a menos de cinco anos com familiares. O acusado de cometer o crime está foragido.

Casal preso

Por volta das 4h de terça-feira, um casal deu entrada no Pronto-Socorro do bairro Quietude com o corpo de um homem. Eles contaram ao médico de plantão que o rapaz estava pedindo socorro, antes de ficar desacordado, e que eles, então, resolveram levá-lo ao PS.

A história, porém, não convenceu o médico, que constatou que o homem estava sem vida e com marcas de violência.

“Ele (médico) pediu para chamar a polícia porque viu que eles estavam mentindo. O médico não só constatou que o rapaz estava morto como afirmou que não era possível ele estar de pé conversando há 15 minutos, porque o corpo já estava em estado de rigidez e muito gelado. Ele estava morto há, pelo menos, quatro horas”, afirmou o delegado Alexandre Comin, responsável pelo caso.

O homem morto era Everson Lopes, que supostamente havia matado a companheira no dia anterior. O casal foi preso por falso testemunho e ocultação de cadáver. A Polícia Civil acredita que eles estavam ajudando a encobrir os criminosos que mataram Everson.

“Os dois são pastores e não têm porte físico para matá-lo, não teriam força suficiente. A vítima (Everson) estava toda violentada, de baixo a cima, com sinais de enforcamento e golpes de faca. Eles (casal) estavam encobrindo os criminosos que, provavelmente, acabaram vingando a morte da jovem”, disse Comin.

O delegado considera a hipótese de Everson ter sido vítima de linchamento pela população ou por uma facção criminosa. As investigações continuam com o objetivo de encontrar as pessoas que mataram o jovem.

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