O jovem de 24 anos suspeito de matar e decapitar Uenes da Silva Nunes, de 31 anos, disse à Polícia Civil que cometeu o crime "por prazer”, em Novo Gama, no Entorno do Distrito Federal. Carlos Henrique dos Santos confessou o crime e disse à Polícia Civil já matou nove pessoas. No entanto, segundo o delegado Danillo Martins Ferreira ainda não há nada que ligue ele a estes crimes.
Segundo o delegado regional, Rodrigo Mendes, o jovem já tem passagem pela polícia por outro homicídio, cometido quando ele era menor de idade. De acordo com ele, tanto o crime da cometido na época, quanto o que ele confessa agora foram praticados por motivos banais. “Ele até sente prazer e, de certa forma, conta vantagem com relação aos crimes praticados. Neste, por exemplo, foi porque a vítima havia tomado a cachaça dele”, disse o delegado regional.
O crime aconteceu no dia 29 de setembro deste ano, em uma chácara de Novo Gama. O delegado Danillo Martins disse que suspeito estava bebendo com um amigo e a vítima quando houve uma discussão.
“O Uenes bebeu a cachaça dele, eles brigaram e, depois que a vítima foi embora, o Carlos e o comparsa, que ainda não foi localizado, foram atrás esfaquearam o homem em outra chácara”, contou.
Ao ser preso, Carlos afirmou à polícia que já havia matado nove pessoas. Porém, o delegado afirma que ainda vai apurar se a confissão procede. “Ainda não temos nada, nenhuma prova ou indício que o relacione a estes nove fatos que ele confessa, mas vamos apurar para saber se há, de fato, esta série de homicídios praticados pelo suspeito”, afirmou.
O jovem, que já cumpriu medida socioeducativa pelo crime cometido quando era menor, vai responder agora por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Crueldade
Depois do crime, Carlos foi até a casa de uma mulher com quem costumava beber e disse que tinha cometido o crime. “Ela duvidou e disse que só acreditaria se visse o corpo. O suspeito voltou ao local do crime, decapitou a vítima, cortou a mão e a orelha, mas não levou a cabeça para a mulher, só a orelha”, explicou.
Ainda no dia do assassinato, Carlos voltou para a casa levando a cabeça e a mão de Uenes e deixou na varanda. “Ele ficou lá, bebendo, foi cozinhar e deixou as partes do corpo à vista. No dia seguinte, ele enterrou”, disse o delegado.
Na segunda-feira (5) o suspeito desenterrou as partes do corpo, colocou em uma mochila e pagou R$ 20 para que uma pessoa o levasse até uma estrada em um lugar distante da cidade. Lá, abandonou a cabeça e a mão de Uenes.