Direto de Maceió
Depois de passar 13 dias preso, comemorando o Natal e o Ano-Novo na cadeia, o juiz José Carlos Remígio foi solto, na tarde desta sexta-feira, por ordem do desembargador Mário Casado Ramalho, do Tribunal de Justiça de Alagoas. Ele é acusado de espancar a namorada e desacatar autoridade policial durante abordagem de rotina de policiais militares, em uma blitz, no dia 25 de dezembro.
O magistrado saiu do Quartel do Corpo de Bombeiros Militar, onde estava em prisão especial, acompanhando de seu advogado, Fernando Maciel. O advogado argumentou que ele não poderia ficar preso porque a namorada, Cláudia Granjeiro, retirou queixa contra ele por agressão.
A ordem de prisão foi da presidente do TJ, desembargadora Elisabeth Carvalho do Nascimento, que se baseou em exames de corpo de delito, no Instituto Médico Legal, e no depoimento da namorada no dia 25. As fotos e os laudos mostram que o juiz jogou a cabeça da namorada, várias vezes, contra o pára-brisa do carro dele.
Um processo administrativo foi aberto contra o juiz no TJ. Imagens da TV Gazeta, em Alagoas, mostram que o juiz agrediu o cinegrafista, ao abrir violentamente a porta do carro dele contra o profissional da imprensa, enquanto ficava do lado de fora, aguardando ser ouvido pela presidente do tribunal. O juiz negou a agressão e disse que estava tentando sair do automóvel.
Nesta tarde, o Ministério Público emitiu manifestação pela manutenção da prisão preventiva do juiz. Apesar de a namorada ter renunciado a denúncia contra o juiz, o MP, por ordem do procurador Geral de Justiça, Eduardo Tavares, vai instaurar ação penal contra José Carlos Remígio.