A juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva, da 1ª Vara de Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande, começa a ouvir nesta quinta-feira (24), às 16h20 (horário de MS), no Fórum da cidade os depoimentos das testemunhas de acusação do processo criminal de aborto e ocultação de cadáver da jovem Marielly Barbosa Rodrigues, de 19 anos.
São acusados no processo o cunhado de Marielly, Hugleice da Silva, que responde a ação em liberdade, e o enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes, que é suspeito de ter praticado o aborto malsucedido que teria provocado a morte da jovem. Ele está preso desde o dia 13 de julho na Delegacia de Polícia Civil de Sidrolândia.
Segundo a defesa de Hugleice, ele foi dispensado de comparecer a está primeira audiência do processo e não acompanhará os depoimentos em Sidrolândia. Já Jodimar, de acordo com o seu advogado, David Moura Olindo, estará presente.
O caso
Marielly desapareceu em Campo Grande no dia 21 de maio. O corpo dela foi encontrado em um canavial na cidade de Sidrolândia no dia 11 de junho.
Antes disso, a família já havia iniciado campanha em busca da jovem. Na investigação, a Polícia Civil descobriu que a estudante morreu em decorrência de aborto malsucedido.
O cunhado de Marielly e o enfermeiro foram presos, suspeitos de envolvimento na morte da jovem. Inicialmente, Silva negou que tivesse qualquer relação com o caso, mas confessou que teve um relacionamento com a garota e que a levou para abortar em Sidrolândia.
Silva disse que pegou o telefone do enfermeiro com um caminhoneiro e marcou encontro na casa dele, em Sidrolândia. O cunhado de Marielly disse à polícia que Gomes contou que o procedimento deu errado e a jovem morreu. Os dois teriam levado o corpo para o canavial. Silva nega que seja o pai da criança que a cunhada esperava.
Mesmo com as confissões do cunhado, o enfermeiro nega participação no crime.