A Justiça de São Paulo aceitou nesta segunda-feira (13) a denúncia do Ministério Público contra o técnico em informática Guilherme Rayme Longo, de 28 anos, e a psicóloga Natália Mingoni Ponte, de 29. Eles agora são réus no processo no qual são apontados como responsáveis pela morte do menino Joaquim Ponte Marques, de 3 anos, encontrado morto no dia 10 de novembro, no rio Pardo, em Barretos, no interior de São Paulo.
De acordo com o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que atua no caso, o casal vai responder por homicídio triplamente qualificado. O padrasto de Joaquim ainda vai responder por ocultação de cadáver. Embora seja prematuro definir datas e prazos, o representante do Ministério Público acredita em um bom andamento das audiências de instrução ao longo dos próximos meses.
? Agora serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as que a defesa arrolar, eventualmente serão feitas as análises e produções complementares das provas dos autos. Depois dessa fase, o Ministério Público e a defesa farão suas argumentações e então o juiz deverá se pronunciar.
Procurado para falar sobre o posicionamento da Justiça, o advogado Antônio Carlos de Oliveira, que defende Guilherme Longo, não se mostrou surpreso com a aceitação da denúncia feita pela promotoria. Ele reafirmou que, entre quarta (15) e quinta-feira (16) desta semana, deverá entrar com um pedido de trancamento do processo, o que é possível quando não existem provas nos autos para justificar o início ou prosseguimento de um processo.
? Desde o início a defesa já discordava disso, de que não havia requisitos tanto para a prisão preventiva quanto para a denúncia. Em relação à denúncia, agora que ela foi recebida, já estou preparando um pedido de habeas corpus, visando o trancamento do processo, já que entendo que não existem elementos de autoria. Sem isso, o processo não poderia ter sido iniciado contra ele (Longo).
A reportagem procurou o advogado Nathan Castelo Branco de Carvalho, que representa Natália Mingoni, mas ele não foi localizado.