A impunidade tem sido a principal causa do aumento de tentativas da população em fazer, ou tentar fazer, justiça com as próprias mãos. O fato, embora confirmado pelo delegado de polícia Francisco Bareta, tem sido alvo de preocupação da Polícia.
No bairro Cidade Jardim, na madrugada de domingo, 6, foi morto a pedradas José Acelino Sousa, 25, os moradores afirmam que a vítima já era marcada para morrer, já que tinha praticado vários assaltos contra os próprios moradores. ?Todo mundo já vivia cansado dos roubos feitos por ele. Ele já estava marcado para morrer?, disse uma moradora que não se identificou.
Na terça-feira, do dia 08 de abril, a população tentou matar a chutes e pontapés na cabeça o acusado de praticar um roubo numa mecânica na zona sul de Teresina. Quando estava muito espancado e com muito sangue no rosto a polícia chegou, o que evitou a sua morte.
Outra tentativa de linchamento foi contra Raimundo Nonato, em Teresina, acusado de tomar uma moto de assalto. Ele foi detido por pessoas que presenciaram o crime. Ele saiu ferido na cabeça e também foi salvo pela polícia, em seguida foi conduzido ao hospital e depois para a Central de Flagrantes.
Um caso de grande repercussão foi o da professora que perseguiu um assaltante em 2013, usando o próprio carro como arma para tirar a vida do bandido, acusado de realizar um crime na zona leste. Ele morreu no local, o seu corpo foi encontrado embaixo do veículo.
Para o delegado de Homicídios, Francisco Bareta, o existe é a sensação de impunidade. ?Aqui na Homicídios a gente não busca apenas o perfil de quem mata e quem morre, o que nós vemos é uma sensação de impunidade. As vezes, a sociedade fica descrente, mas a Polícia Civil está fazendo a parte dela, disse o delegado ao contabilizar mais de 30 armas apreendidas nesta quarta-feira, 09. ?A polícia Civil não é só repressiva, ela é essencialmente preventiva porque quando ela tira uma arma dessa da rua ela está evitando um assalto a banco ou um homicídio.?