Justiça dá liberdade a policial que aceitou receber propina do tráfico

Beltrami foi preso na segunda-feira (19), sob suspeita de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas.

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O plantão judiciário do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) concedeu o habeas corpus do comandante do 7º BPM (São Gonçalo), coronel Djalma Beltrami, na madrugada desta quarta-feira (21). A decisão foi do desembargador Paulo Rangel. As informações são do plantão judiciário, que afirma ainda que o coronel já está em liberdade. Ele deixou o Quartel General da Polícia Militar, no Centro do Rio, durante a madrugada.

Beltrami foi preso na segunda-feira (19), sob suspeita de receber propina para não reprimir o tráfico de drogas em São Gonçalo, na Região Metropolitana.

Na terça-feira (20), dois ex-comandantes-gerais da Polícia Militar saíram em defesa do coronel. Os oficiais dizem que acreditam na inocência de Beltrami e alegam que a prisão foi arbitrária e sem provas.

Os ex-comandantes gerais da Polícia Militar Ubiratan Ângelo e Mário Sérgio Duarte, além do coronel Fernando Belo da Associação de Oficiais visitaram Beltrami, acusado de corrupção e tráfico de drogas.

Os ex-oficiais protestaram e alegaram que as gravações apresentadas pela Polícia Civil não são suficientes para incriminar Beltrami, que era comandante do 7º BPM (São Gonçalo).

"Nunca foi uma pessoa de ostentar luxo. Nunca foi uma pessoa que nós tivéssemos qualquer ruído ou suspeita sobre a sua conduta", argumentou o coronel Ubiratan Ângelo.

"Nós ficamos bastante indignados com essa prisão. Não havia motivo algum para que o coronel fosse preso. Minha vinda aqui é para prestar solidariedade e dizer que acredito na inocência do coronel Beltrami", comentou o ex-comandante-geral Mário Sérgio Duarte.

"Se tem prova, que apresente. Se não tem, que venha com toda dignidade dizer - errei. O erro é crasso. O erro é doloso sobretudo", falou o coronel Belo, da Associação de Oficiais da PM.

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