Justiça de SP torna Renato Cariani réu por tráfico de drogas após acatar denúncia do MPSP

Renato tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e é sócio de empresa acusada de desviar produtos químicos para a produção de drogas.

Renato Cariani se torna réu em acusação de tráfico de drogas | Reprodução
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A Justiça de Diadema aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o influencer fitness Renato Cariani e mais quatro pessoas por suspeita de tráfico de drogas. Cariani, Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira e Rodrigo Gomes Pereira agora são réus e têm um prazo de 10 dias para apresentar suas defesas. Como medida cautelar, foi determinado que entreguem seus passaportes em até 24 horas e fiquem proibidos de sair do país.

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Renato tem mais de 7 milhões de seguidores no Instagram e é sócio com Roseli da Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda., empresa para venda de produtos químicos em Diadema, Grande São Paulo. Segundo a PF, eles teriam conhecimento e participavam diretamente do esquema criminoso

O grupo é acusado de desviar produtos químicos para a produção de drogas, conforme investigação conjunta do MPSP e da Receita Federal, realizada entre os anos de 2014 e 2020. De acordo com o MP, os réus, "pelo menos sessenta vezes, produziram, venderam e forneceram, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, mais de doze toneladas de produtos químicos destinados à preparação de drogas".

Além disso, o grupo é acusado de ocultar a procedência do dinheiro proveniente do tráfico, convertendo aproximadamente R$ 2.407.216,00 em ativos lícitos, por meio de depósitos em espécie, segundo o MP.

A operação, segundo a Polícia Federal (PF), envolveu a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas para vender produtos químicos em São Paulo, utilizando "laranjas" para depósitos em espécie, simulando serem funcionários de grandes multinacionais. A empresa foi alvo de busca e apreensão pela PF na última semana. 

Em nota publicada pelo g1, a defesa de Roseli informou que "essa é, sem sombra de dúvidas, uma das investigações mais abusivas que já presenciei em minha vida profissional. O Ministério Público e a Polícia Federal se recusaram, apesar dos vários pedidos que formulei e apesar da gravidade das acusações que fazem, a ouvir a Sra. Roseli Dorth".

O g1 entrou em contato com a defesa do influencer, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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