O juiz da Comarca de Piracuruca, Stefan Oliveira Ladislau, atendeu ao pedido feito pelo Ministério Público e revogou a prisão domiciliar de Maria Edna Lima da Silva, de 27 anos. Na decisão, o juiz decretou a prisão preventiva da mulher que é acusada de matar o marido Wandson da Silveira Fonteles. O crime ocorreu no dia 13 de março depois de uma briga entre o casal na residência onde eles moravam.
No último dia 16 de março, o magistrado decretou a prisão domiciliar da acusada. A decisão da justiça foi pautada no contexto familiar de Maria Edna Lima, que possui filhos menores dependentes dela, sendo um deles com apenas dois meses de vida.
Mas no último dia 22 de março, a prisão preventiva foi decretada depois de novas informações trazidas pelo Conselho Tutelar. Segundo a investigação, Maria já possuía um longo histórico de agressões contra os filhos mais velhos, que inclusive não estão sob a guarda dela e sim do pai das crianças, Francisco Antonio.
Com relação ao bebê de dois meses, o juiz concedeu a guarda provisória para a avó paterna.
INTERROGATÓRIO
O interrogatório de Maria Edna Lima da Silva, de 27 anos, acusada de matar o próprio marido Wandson da Silva Fontenele, com uma facada no peito na cidade de Piracuruca, foi divulgado e mostra o depoimento da suspeita, onde ela narra detalhes do que aconteceu no dia do crime.
Segundo ela, em depoimento ao delegado Abimael Silva, a discussão entre o casal iniciou em uma barragem que eles estavam ingerindo bebida alcoólica.
“Quando a gente saiu da parede que eu consegui fazer ele me soltar, eu virei e a gente caiu no chão, fiquei embaixo com a faca na mão e ele caiu por cima da faca. Eu ainda peguei um jarro na estante e bati na cabeça dele. Nessa hora eu vi só o corte, não sangrou nem nada e ele saiu, se levantou, foi no banheiro, sentou no vaso e reclamou que tava doendo. Eu peguei o celular e liguei para o Marcelo e depois para a Juliana. Ele saiu do banheiro, veio cambaleando até a sala e caiu, quando ele caiu eu pensei que ele estava brincando. Eu fiquei metendo a mão na boca dele para ele não enrolar a língua, arrastei ele até o carro e o Marcelo deitou ele no banco, e eu sempre com os dedos na boca dele porque estava querendo enrolar”.