A Justiça de São Paulo rejeitou o pedido de prisão preventiva feito pela polícia e pelo Ministério Público contra o condutor do Porsche, Fernando Sastre de Andrade Filho, que se envolveu em um acidente fatal com vítima em 31 de março.
O que aconteceu: O juiz Roberto Zanichelli Cintra, da primeira Vara do Júri, determinou medidas cautelares ao empresário, incluindo o pagamento de fiança de R$ 500 mil para eventuais reparos às vítimas e a suspensão de sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
- O magistrado também ordenou a proibição de Fernando sair da cidade por mais de oito dias, a apreensão de seu passaporte e a restrição de aproximação de testemunhas e familiares das vítimas a pelo menos 500 metros de distância. Ademais, o empresário deverá entregar seu celular.
Argumentos: A delegacia e a Promotoria argumentaram que o motorista poderia coagir testemunhas e fugir do país, porém o juiz negou o pedido, destacando a apresentação voluntária de Fernando na delegacia após o acidente, seu endereço fixo, emprego e ausência de antecedentes criminais.
O que disse no interrogatório: Após o acidente, Fernando foi interrogado pela polícia, negando ter fugido ou dirigido sob efeito de álcool. Ele admitiu, entretanto, que estava acima do limite de velocidade e não conseguiu desviar do veículo de Ornaldo Viana, resultando no acidente fatal. A velocidade exata do Porsche será determinada por análise das imagens pela Polícia Técnico-Científica.
Internado: O amigo de Fernando, Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no carro durante o acidente, está internado em estado grave no Hospital São Luiz Anália, em coma induzido. A namorada de Marcus relatou à investigação que ambos e Fernando consumiram bebidas alcoólicas antes do acidente, levantando suspeitas sobre a embriaguez do condutor do Porsche.
Sem teste do bafômetro: A Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, permitiu que Fernando deixasse o local sem passar pelo teste do bafômetro, alegando a intervenção da mãe do empresário, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, que teria afirmado levá-lo ao hospital, o que não se concretizou.
Conduta investigada: A Corregedoria da PM está investigando a conduta dos policiais, enquanto a Polícia Civil apura se Daniela cometeu fraude processual. A defesa de Fernando alega que o acidente foi uma "fatalidade" e que ele não estava sob efeito de álcool. O caso segue em análise pelas autoridades competentes.