O goleiro Bruno Fernandes e seu amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, chegam às 11h desta quinta-feira (26) ao aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, de acordo com a direitoria da Polinter, divisão da Polícia Civil que será responsável por levar a dupla para o fórum em Jacarepaguá, na zona oeste da capital. Eles participam da primeira audiência de instrução e julgamento do processo em que são acusados de sequestro e lesão corporal contra Eliza Samudio, ex-amante do atleta, em outubro de 2009. A audiência está marcada para as 14h. O atleta sempre se recusou a falar sobre o caso à polícia e sempre afirmou que falaria somente em juízo.
Atualmente, os dois estão no presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em na região metropolitana de Belo Horizonte, após a Justiça decretar prisão sob a acusação de terem participado do desaparecimento da jovem, em junho deste ano. Inicialmente, havia divergência entre a polícia do Rio e o Departamdo de Defesa Social sobre o dia da transferência.
Na audiência, cinco testemunhas serão ouvidas, chamadas pelos Ministério Público. As testemunhas da defesa serão ouvidas em outra data que ainda será definida. O advogado de Bruno, Ércio Quaresma, assegurou que vai estar na audiência.
A defesa de Bruno indicou oito testemunhas, sendo que três foram afastadas pelo magistrado. A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, o diretor-executivo de futebol do clube Zico, o técnico campeão brasileiro pelo time Jorge Luis Andrade da Silva, o Andrade, o goleiro Paulo Victor Mileo Vidotti e Christian Chagas Tarouco serão ouvidos. O juiz recusou o pedido de convocação de Quaresma a Eliza Samudio, o jogador Adriano e de Vagner Love. O magistrado entendeu que "provas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias podem ser indeferidas".
As testemunhas indicadas pela defesa de Macarrão são: Luiz Carlos Samudio, pai de Eliza, Milena Baroni Fontana, o jogador Leo Moura, Fabiana Albuquerque, Cíntia Moraes, Amanda Zampiere, o jogador Rodrigo Alvim e Álvaro Luiz Maior de Aquino, ex-zagueiro do Flamengo.
A prisão preventiva dos dois foi decretada no dia 8 de julho. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Bruno teria agredido Eliza física e psicologicamente, em 2009, exigindo que a ex-amante fizesse um aborto. Na época, Eliza estava grávida de cinco meses e tentava provar na Justiça que Bruno é o pai da criança.