A audiência de instrução e julgamento do caso Yoki, em que serão ouvidas testemunhas, começa nesta quarta-feira (10), às 10h, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste da capital paulista. A partir dos depoimentos, o juiz Adilson Paukoski Simoni, do 5º Tribunal do Júri da Capital, vai decidir se Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Matsunaga, vai a júri popular pelo crime, cometido no dia 19 de maio.
Nesta quarta-feira, devem ser ouvidas dez das 15 testemunhas listadas pela acusação e pela defesa de Elize. Segundo a assessoria de imprensa do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), primeiro serão ouvidas as testemunhas de acusação e depois as de defesa. O interrogatório de Elize Matsunaga será o último, mas, segundo informou a assessoria de imprensa do TJ-SP, não há previsão de quando ele aconteça.
Nessa fase do processo, após os depoimentos, ocorrerão os debates entre o Ministério Público e os advogados de acusação e defesa. Só depois disso, o juiz vai decidir se Elize vai responder pelo crime diante de sete jurados escolhidos na sociedade.
O empresário, herdeiro da Yoki Alimentos, foi encontrado morto e esquartejado na Estrada dos Pires, numa região rural, em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 de maio. O corpo foi encontrado, cerca de uma semana após o desaparecimento, cortado em pedaços e colocado em sacolas plásticas.
A mulher do empresário, Elize Matsunaga, 30, confessou o crime e o esquartejamento no dia 6 de junho. A Polícia Civil afirmou que o assassinato pode ter tido motivação passional. De acordo com as investigações, Elize suspeitava que o marido estivesse tendo um caso e contratou um detetive particular para segui-lo. O profissional confirmou a traição.
De acordo com a versão da mulher, Matsunaga foi morto com um tiro após uma discussão entre o casal, onde ela teria sido agredida. Depois, ela esquartejou sozinha o corpo e guardou os pedaços em sacolas plásticas. A câmera de segurança do elevador do prédio onde ela vivia com o marido mostrou Elize saindo de casa com três malas. Ela confirmou à polícia que o corpo do marido estava nas malas.