'Lavei minha alma', conta policial que prendeu assassino do pai 25 anos depois

Gislayne era a mais velha de cinco filhos de Givaldo José Vicente de Deus e tinha 9 anos quando perdeu o pai. Ele foi assassinado aos 35 anos, à queima-roupa, por causa de uma dívida de R$ 150, em 1999.

Mulher se torna policial e prende assassino do próprio pai 25 anos após o crime em Roraima | FOTO: Reprodução
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“Lavei minha alma e a de toda minha família”, desabafou emocionada a escrivã Gislayne Silva de Deus, de 36 anos, após conseguir prender o homem que tirou a vida de seu pai há 25 anos. Ela participou de uma operação da Polícia Civil de Roraima na quarta-feira (25), que resultou na captura de Raimundo Alves Gomes

"Foi o encerramento de um ciclo. Hoje temos paz e o sentimento de que a justiça foi feita", disse a escrivã Gislayne, emocionada, ao g1. 

COMO OCORREU?

Gislayne era a mais velha de cinco filhos de Givaldo José Vicente de Deus e tinha 9 anos quando perdeu o pai. Ele foi assassinado aos 35 anos, à queima-roupa, por causa de uma dívida de R$ 150, em 1999. Raimundo estava foragido desde 2016 quando teve o primeiro mandado de prisão expedido.

Na época, Raimundo chegou a levar a vítima para o hospital, mas fugiu logo depois. Na quinta-feira (26), o acusado passou por audiência de custódia, que manteve a prisão, e foi encaminhado para o sistema prisional de Roraima. 

 Raimundo Alves Gomes | FOTO: Reprodução

EM BUSCA DE JUSTIÇA

Gislayne se tornou advogada e não planejou seguir a vida policial, mas acabou prestando concurso e foi aprovada. Anos depois, foi aprovada no concurso público da Polícia Civil e no dia 19 de julho de 2024 assumiu como escrivã.

Ao ingressar na corporação, ela fez um pedido específico: ser lotada na Delegacia Geral de Homicídios (DGH). Gislayne acreditava que, por meio da unidade, poderia encontrar e, finalmente, prender o autor do crime.

"Essa nossa participação de buscar, ir atrás, não deixar ele ficar impune já tem um bom tempo. Se nós não estivéssemos lá não teria tido júri e o promotor teria pedido absolvição. Então, a condenação foi em razão da gente não deixar realmente passar impune [...] isso não vai trazer nosso pai de volta, mas ele [o assassino] vai cumprir a pena que deveria ter cumprido há muitos anos", declarou ao g1.

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