O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, partirá de Brasília na manhã deste domingo (18) com destino a Mossoró, no Rio Grande do Norte, para supervisionar pessoalmente as operações de busca pelos dois detentos que fugiram da penitenciária federal de segurança máxima da região. Ele estará acompanhado pelo diretor-geral em exercício da Polícia Federal, Gustavo Souza.
Durante sua estadia em Mossoró, Lewandowski está programado para se reunir com os líderes das equipes encarregadas das buscas, bem como para acompanhar de perto o progresso das investigações sobre o incidente. André Garcia, Secretário Nacional de Políticas Penais, também estará presente nas atividades, tendo chegado a Mossoró na quarta-feira (14), data da fuga dos detentos.
Durante esta semana, o ministro enfatizou que a fuga foi um incidente isolado e que teve um custo "muito barato", uma vez que os fugitivos aparentemente se aproveitaram de uma série de falhas e da presença de equipamentos já disponíveis no local, como um alicate deixado por conta de uma obra em andamento na penitenciária.
Ele detalhou uma série de deficiências e destacou que não há indicações de um plano organizado de fuga. Entre as falhas mencionadas estão o mau funcionamento de parte das câmeras de segurança, lâmpadas queimadas e erros estruturais na construção da prisão que teriam facilitado a fuga.
Lewandowski anunciou a implementação de novas medidas de segurança em todos os cinco presídios federais, incluindo a expansão do sistema de alarme, a contratação de mais agentes penitenciários, o reforço nas medidas de controle de acesso, como a introdução de reconhecimento facial, e a construção de muralhas adicionais.
Os nomes dos fugitivos foram inseridos no sistema de alerta vermelho da Interpol, com a prioridade máxima sendo dada à sua recaptura. Mais de 300 agentes estão envolvidos nesta operação, com o auxílio de helicópteros e drones. Os investigadores acreditam que os fugitivos ainda estejam nas proximidades da região florestal próxima ao presídio.
Paralelamente, está em curso uma investigação administrativa para determinar as responsabilidades pela fuga, além de um inquérito conduzido pela Polícia Federal para apurar possíveis crimes de cumplicidade de indivíduos na facilitação da fuga.