O corpo de Edcarlos Diniz Costa, de 27 anos, foi encontrado carbonizado, no final da manhã de ontem (30), em um lixão no bairro Juçatuba, em São José de Ribamar, na ilha de São Luís do Maranhão. De acordo com a família, a vítima era pedreiro e estava desaparecida desde o último domingo (27), quando havia saído na companhia de um conhecido seu, identificado apenas como ?Dedê?, em direção a uma granja na Estrada de Ribamar.
De acordo com a família da vítima, Dedê era acostumado a furtar frangos de uma granja, localizada em frente ao moinho de trigo do Frango Americano, localizada na Estrada de Ribamar, e teria influenciado Edcarlos a lhe acompanhar. Um vigilante do local teria flagrado a dupla e disparado contra o pedreiro, enquanto Dedê teria conseguido fugir.
Conforme relatou Tereza Sousa, tia da vítima, somente na segunda-feira (28), a mulher de Dedê, conhecida apenas como Denise, teria resolvido contar à família que Edcarlos havia sido baleado pelo vigia da granja. A família, que já estava à procura do pedreiro, decidiu ir até o local para tirar a limpo a informação, entretanto o proprietário, identificado apenas como João ? o ?Saddam Hussein?, não teria aceitado receber os parentes da vítima.
No dia seguinte, os familiares tornaram ir ao local. Desta vez, ?Saddam Hussein? aceitou recebê-los, permitindo que entrassem em sua propriedade. Lá, a família teria encontrado um projétil deflagrado, calibre 20, que entregaram ao delegado Pauliran de Moura, da Delegacia de São José de Ribamar, que investiga o caso, e já teria ouvido depoimento de Denise.
Segundo Tereza Sousa, na mesma terça-feira, desconfiados de que o rapaz havia sido morto, eles teriam apelado para que informassem onde estava o corpo do pedreiro. Na ocasião, o proprietário teria negado o uso de qualquer tipo de arma de fogo por seus seguranças. Entretanto, conforme relato da família, logo no inicio da manhã de ontem, um telefonema anônimo para a delegacia informou onde o corpo se encontrava. ?Recebemos um telefonema de alguém, exigindo que nós entregássemos a cápsula. Mas ela já está nas mãos do delegado?, revelou a tia da vítima.
De acordo com a família, no local onde o projétil foi encontrado, ainda com manchas de sangue, havia marcas de trator. ?Ele errou em ir acompanhar esse rapaz para furtar frangos, mas isso não dá o direito de ninguém tirar a vida dele e ainda queimar seu corpo todo. Eles já estão acostumados a agir assim e, com certeza, esse não deve ser o primeiro caso?, declarou Tereza Sousa.