Ana Maria Braga recebeu, nesta terça-feira, Cristiane Cardoso Marcenal, mãe da menina Joanna, e o padrasto da criança, Ricardo Tostes. ?Não tenho motivos para comemorar, mas é um alívio saber o que a Justiça enxergou o que foi feito com a minha filha?, disse Cristiane.
Cristiane comentou que chorou muito ao saber da prisão do pai da Joanna, o técnico judiciário André Rodrigues Marins. O Ministério Público do Rio já tinha feito o pedido de prisão preventiva dele e da madrasta, Vanessa Maia, pelos crimes de tortura com dolo direto e homicídio qualificado por meio cruel.
?Esses últimos dias têm sido muito difíceis. Ontem resolvi ficar na cama até um pouco mais tarde. Quando soube da prisão à noite não tinha motivo algum pra comemorar. Queria que alguém dissesse que a minha filha ia voltar", comentou. "É claro que, sabendo que está havendo justiça, mostra que não sou uma louca desvairada. A cada dia a história vai se desenrolando, com coisas mais horrendas. Quando acho que está chegando ao fim vem um fato novo, mais horroroso que o anterior. Quando recebei a notícia chorei muito. Não queria que isso tivesse acontecido. Essa história de filha torturada e morta vai ficar colada pra sempre na minha vida. O que eu vou contar para os meus filhos quando eles crescerem? Achei que fosse ter uma capacidade de regeneração mais rápida, mas não estou conseguindo?, desabafou.
A mãe de Joanna falou ainda que, apesar da dor, está aliviada. ?Não tinha costas quentes pra mim, mas o que tinha era verdade. O meu alívio é saber que a Justiça enxergou o que foi feito com a Joanna. A gente vai dormir hoje, assim como toda a sociedade, com a sensação de que existe justiça no Rio de Janeiro. Eu e grande parte da população podemos dormir com a sensação de que, nesse estado, existe justiça?, ressaltou Cristiane.