Mãe de jovem morto em lava-jato agradece mudança no caso

A Justiça mudou de lesão corporal para homicídio doloso.

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A mãe do adolescente Wesner Moreira da Silva, de 17 anos, que morreu no dia 14 de fevereiro depois de ficar 11 dias internado na Santa Casa após sofrer agressão em um lava-jato e perder parte do intestino ficou mais aliviada com o entendimento do procurador-Geral da Justiça Paulo Passos de que o caso trata de homicídio doloso e não lesão corporal, como era cogitado.

“Isso não foi brincadeira, isso foi um crime. Eu quero que eles paguem por esse crime, pra eles não aprontarem com outra família. Não vai trazer de volta, mas vai dar sossego para mim, eu vou poder dormir e falar assim: ‘a justiça foi feita’”, afirmou Marisilva Moreira da Silva.

O caso foi para análise da Procuradoria-Geral da Justiça depois de um conflito de competência quando a polícia fez o pedido de prisão dos suspeitos. O juiz Marcelo Ivo, da Vara Criminal, recebeu o caso como lesão corporal, mas entendeu que se tratava de um homicídio. Por isso, encaminhou o processo para o juiz Carlos Alberto Garcete, da Vara do Tribunal de Júri. Mas Garcete devolveu o processo alegando não ser de sua atribuição, além de negar o pedido de prisão contra dono e o empregado do lava-jato, suspeitos de praticarem a violência.

“Havendo evento morte com intenção ou com dolo, ou seja, assumindo o risco que a morte aconteça, a Constituição Federal estabelece que a competência para julgar é do Tribunal do Júri e o promotor para atuar é do Tribunal do Júri”, afirmou Passos.

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