Uma mulher de 30 anos acionou a polícia depois de descobrir que o filho de 13 estaria abusando sexualmente da irmã de quatro em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Para a polícia, ela contou que na última quinta-feira (20) deixou o adolescente, a menina e o outro irmão de oito sozinhos em casa e que na volta percebeu algo estranho.
"Por volta das 9h eu saí e deixei os três, pois, ele já vai fazer 14 anos e deveria cuidar dos demais. Quando voltei, meia hora depois, eu vi que tinha alguma coisa errada porque minha filha estava deitada na cama dele. Depois disso, a chamei para ir ao mercado mas, ela disse que não iria porque estava suja e teria de tomar banho. Então, levei ela até o quarto, tirei a roupa e vi que as partes íntimas dela estavam vermelhas. Perguntei, e ela contou que o irmão estava "passando a mão" nela", disse.
Segundo a mãe, está não foi a primeira vez que o adolescente abusou dos irmãos.
"Uma vez ele foi fazer isso com o irmão, que na época tinha seis anos. Eu procurei ajuda no Conselho Tutelar e levaram ele para para atendimento psicológico durante seis meses e depois o encaminharam para o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) mas lá, ele não recebeu esse tipo de assistência", afirmou.
Depois da denúncia, o menino foi ouvido pela Polícia Civil (PC) e assumiu ter cometido o crime. Ele está apreendido no Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu) e deve ser ouvido em audiência em 45 dias mas, a mãe se apreende de ter feito o Boletim de Ocorrência (B.O.).
"Eles estão tratando meu filho como se ele fosse um bandido mas, ele não é. Não é fácil você ver seu filho algemado com três policiais escoltando ele como se ele fosse um criminoso", ponderou.
Para psicóloga Poliana Luísa, a situação d a família deve ser acompanhada de perto para evitar traumas nas crianças.
"É interessante que a família e os profissionais que acompanham esse caso verifiquem porque é necessário que se observe a dinâmica familiar dentro dessa casa. Os pais são separados mas, isso não é problema, então é preciso saber que tempo essa mãe tem para essas crianças e se ela estava observando a dinâmica dos filhos, entretanto, isso não significa que ela seja culpada", salientou
"O problema, é que hoje as crianças estão muito "ativas" é interessante que a família e os profissionais que acompanham esse caso verificam porque é necessário que se observe a dinâmica familiar dentro dessa casa, os pais são separados ok, isso não é problema, mas que tempo essa mãe tenha para essas crianças, como que ela estava observando, mas isso não significa que ela seja culpada, mas é que hoje as crianças estão muito ativos, que as vezes pela falta da mãe eles vem algum programa na televisão, interagem com amigos que vão ensinando alguns comportamentos que essas crianças e adolescentes não tinham antes, e as vezes por causa da mãe ter que trabalhar e fazer oturas atividades isso não é observado no dia a dia", completou a psicóloga.
Desolada, a mãe pede ajuda para ela e para o filho.
"Eu preciso de um advogado e um psicólogo tanto para mim quanto para ele. Eu preciso de ajuda para ver se consigo tirar ele de lá antes desses 45", disse.
Crime
Segundo o Art. 217-A da Lei Ordinária Federal nº 12.015, ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos configura estupro e pode resultar em pena de oito a 15 anos.