Mãe e irmão de Djidja Cardoso acreditavam ser Jesus e Maria em seita; entenda!

A morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi-bumbá Garantido, ocorrida em 28 de maio, foi causada por overdose de Ketamina

Mãe e irmão de Djidja Cardoso se auto intitulavam Jesus e Maria em seita criminosa | Reprodução
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A morte de Djidja Cardoso, de 32 anos, revelou um esquema criminoso envolvendo a família Cardoso e seus associados. O irmão dela, Ademar Farias Cardoso Neto, de 29 anos, e a mãe, Cleusimar Cardoso Rodrigues, de 53 anos, são acusados de liderar uma seita religiosa chamada "Pai, Mãe, Vida" e de administrar drogas sintéticas psicotrópicas aos funcionários da rede de salões de beleza Belle Femme, incluindo o uso de Ketamina, um medicamento veterinário. As investigações apontam ainda que mãe e filho se autointitulavam Jesus e Maria na liderança do grupo.

Trecho do inquérito policial que aponta que mãe e filho se auto intitulavam Jesus e Maria (Foto: Reprodução)INTEGRANTES DO GRUPO CRIMINOSO

Além da família Cardoso, outros funcionários da Belle Femme estão sob investigação. Entre eles, a gerente Verônica da Costa Seixas, de 31 anos, o cabeleireiro Marlisson Vasconcelos Dantas, de 25 anos, e a maquiadora Claudiele Santos da Silva, de 34 anos. A Polícia Civil afirma que esses indivíduos são integrantes do grupo criminoso.

Djidja, a mãe Cleusimar Cardoso e o irmão, Ademar Cardoso (Foto: Reprodução)

O delegado Cícero Túlio, do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), conduz as investigações que apontam que a seita “Pai, Mãe, Vida” foi criada para administrar um esquema de drogas sintéticas psicotrópicas. Essas substâncias, como a Ketamina, são usadas ilicitamente para induzir e manter anestesia e são conhecidas no mercado ilegal como “Special K”. Seu uso tem aumentado em festivais de música eletrônica.

Drogas apreendidas com a família de Djidja Cardoso (Foto: Catiane Moura, da Rede Amazônica) 

INVESTIGAÇÃO 

Conforme o inquérito policial, Ademar e Cleusimar Cardoso desenvolveram um esquema lucrativo no mercado ilegal, administrando drogas de forma forçada em indivíduos até que se tornassem dependentes químicos, sob a justificativa de alcançarem um estado espiritual superior. Os funcionários da rede de salões eram obrigados a participar da seita, onde Ademar se autointitulava “Jesus”, Cleusimar era “Maria” e Djidja era “Maria Madalena”.

Uma testemunha revelou que Ademar usava entorpecentes há três anos, incluindo Ketamina, e que distribuía a substância. O histórico criminal de Ademar inclui acusações de falsificação, corrupção e adulteração de produtos terapêuticos, posse de drogas, sequestro, cárcere privado, perigo para a vida, estupro de vulnerável e aborto sem consentimento.

A investigação, baseada em evidências e depoimentos, identificou a estrutura do grupo criminoso. A morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi-bumbá Garantido, ocorrida em 28 de maio, foi causada por overdose de Ketamina. Durante buscas na casa da família Cardoso, a polícia descobriu que provas foram enterradas para ocultar o esquema.

Verônica da Costa Seixas escondeu frascos de Ketamina no local da morte. O corpo de Djidja apresentava sinais de administração injetável da droga. Uma depoente relatou que Ademar a obrigou a usar entorpecentes durante a gravidez e a estuprava, enquanto Cleusimar dizia que as drogas eram necessárias para a cura.

Com base nos depoimentos, a Justiça expediu a prisão preventiva dos envolvidos:

  • Ademar Farias Cardoso Neto

  • Cleusimar Cardoso Rodrigues

  • Verônica da Costa Seixas

  • Marlisson Vasconcelos Dantas

  • Claudiele Santos da Silva

Ademar, Cleusimar e Verônica foram presos na quinta-feira (30), no bairro Cidade Nova, e levados ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP). Claudiele se apresentou às 19h, acompanhada de um advogado. Marlisson Vasconcelos Dantas ainda não foi localizado e é considerado foragido.

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