Uma mulher de 37 anos foi presa em flagrante, na manhã desta quinta-feira (23), pelo crime de homicídio culposo, após a filha, de apenas 5 anos, ter morrido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Sobradinho II, em Brasília (DF). De acordo com autoridades policiais, ela teria omitido socorro à criança.
COMO OCORREU?
No último domingo (19), Jaqueline Caetano Batista não socorreu a filha, Damares Bezerra Caetano dos Santos, quando a menina passou mal. “Mesmo depois de alguns parentes dizerem a Jaqueline que ela deveria levar Damares ao hospital, a mãe só teria procurado atendimento médico para a menina na madrugada de quinta-feira (23), após a criança ter piora no quadro de saúde”, disse Ricardo Viana, chefe da 35ª Delegacia, ao Blog Na Mira.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF) detalhou que a criança chegou à UPA por volta das 3h30, e que apresentava parada cardiorrespiratória. A instituição é responsável pela gestão das unidades de Pronto-Atendimento da capital do país.
“Os médicos de plantão iniciaram imediatamente as medidas de ressuscitação [da paciente], mas, infelizmente, devido ao quadro clínico gravíssimo apresentado pela criança, após uma hora de tentativas, o óbito foi confirmado. O Iges-DF aguarda laudo oficial do Instituto de Medicina Legal (IML) para esclarecer a causa do falecimento. Colaboramos plenamente com as autoridades competentes e fornecemos todo o suporte necessário para as investigações em curso”, destacou o instituto, por meio de nota.
OUTRO LADO
Os servidores da UPA acionaram a polícia, diante de suspeitas de que a menina tivesse sofrido maus-tratos. Em depoimento à polícia, a mãe de Damares relatou que participou de um retiro no último fim de semana e que a menina tinha ficado sob os cuidados da irmã mais velha, de 23 anos, com os demais irmãos.
Jaqueline contou ainda que voltou para casa no domingo (19) à noite, quando encontrou a menina com sinais de febre e queixas de dores na barriga, no corpo e nos braços. Contudo, só decidiu buscar atendimento de saúde para a filha quatro dias depois, pois acreditava que ela poderia melhorar.
A mãe acrescentou que deu a Damares remédios para controlar o mal-estar, mas, ao longo da semana, percebeu piora do estado de saúde da filha, que não conseguia mais se alimentar ou ingerir líquidos e apresentou vômitos.
O QUE DIZ A POLÍCIA
A Polícia Civil indiciou Jaqueline por homicídio culposo e definiu fiança de R$ 1 mil para soltura dela, pelo fato de estar desempregada e em fase de amamentação. O Conselho Tutelar também foi acionado para verificar a situação dos outros demais filhos da suspeita.