A mãe de duas crianças, de 5 e 3 anos, está presa em Edéia, a 130 quilômetros de Goiânia, suspeita de torturar os próprios filhos. Exames médicos apontam que, além de bater, a mulher e padrasto dos meninos também davam bebida alcoólica para eles. O homem está foragido.
As marcas de agressões estão por todo o corpo dos irmãos. De acordo com o Conselho Tutelar, os maus-tratos eram praticados tanto pela mãe e pelo padrasto.
Pelos sinais no pescoço e no olho do garoto mais novo, a suspeita é de tentativa de estrangulamento. Em uma das mãos do mais velho, uma queimadura teria sido provocada pela mãe. O menino conta que a mãe entregou uma panela quente para ele segurar.
As crianças moravam em uma fazenda em Edéia. O Conselho Tutelar soube da tortura através de uma denúncia anônima.
?Um cidadão passou pela fazenda, presenciou algumas cenas e achou por bem nos procurar. Ele pediu anonimato?, explica o conselheiro tutelar Sanderson Rocha.
Cachaça
Os meninos foram levados para a unidade de saúde do município, onde passaram por exames que comprovaram as agressões. O médico também constatou que um dos meninos havia ingerido bebida alcoólica.
O mais velho diz que a mãe e o padrasto os obrigavam a beber cachaça quase todos os dias. "Meu dia (dava) pinga pá nóis dormi *(SIC)?. A criança conta que, por causa do álcool, passava mal e vomitava.
Segundo o Conselho Tutelar, uma das crianças pode ter sido abusada sexualmente. Ela passará por exames médicos para averiguar a suspeita.
A mulher está presa na carceragem do pelotão da Polícia Militar de Edeia. O padrasto ainda é procurado pela polícia.
De acordo com o presidente do Conselho Tutelar da cidade, as crianças devem ir para um abrigo, até uma decisão da Justiça sobre o caso.