Maioria das vítimas da queda do avião que caiu em Vinhedo morreu de politraumatismo, diz IML

Maioria das vítimas morreu por politraumatismo (Foto: Ettore Chiereguini/Anadolu)

Maioria das vítimas morreu por politraumatismo | Paulo Pinto
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A força-tarefa da Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu a necropsia dos 62 corpos do acidente com o voo 2283 da Voepass. A investigação revelou que a maioria das vítimas faleceu devido a politraumatismo causado pela queda, que ocorreu na última sexta-feira (9) em uma área residencial de Vinhedo (SP).

AERONAVE EXPLODIU

"A maior parte, sem dúvida nenhuma, foi por politrauma. E, consequentemente, com a explosão da aeronave, alguns foram atingidos pelas chamas. Então, temos uma porcentagem de cadáveres que têm uma carbonização parcial", afirmou o superintendente Claudinei Salomão.

Salomão informou que cerca de 30 profissionais estão envolvidos na força-tarefa. Até o final desta segunda-feira (12), a expectativa é de que metade dos corpos seja identificada, principalmente por meio de impressões digitais, com o suporte das equipes da Polícia Civil de São Paulo.

"As famílias estão sendo notificadas conforme os dados de identificação dactiloscópica chegam até nós. Elas são atendidas pelo Instituto Médico Legal para a entrega das declarações de óbito e dos corpos", acrescentou Salomão.

Maioria das vítimas morreu por politraumatismo (Foto: Ettore Chiereguini/Anadolu)

PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO

Ele destacou que o processo de identificação está ocorrendo de forma relativamente rápida, já que apenas uma parte dos corpos exigirá identificação odontológica, e poucos casos precisarão de análise de DNA.

"Agora nós estamos aguardando somente a chegada de dados de identificação que não pertencem a nós. Nós temos aqui cadáveres de indivíduos que são de outros estados, nós dependemos que esses dados sejam fornecidos pelos outros estados para o Instituto de Identificação aqui de São Paulo, para que se faça o confronto", disse. 

A necropsia realiza a identificação física dos corpos, como o sexo, o grau de carbonização, lesões principais, fraturas, e qualquer marca identificatória como tatuagens.

As planilhas dactiloscópicas, contendo impressões digitais, são enviadas ao Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), onde são comparadas com o banco de dados da Polícia Civil e com informações de outros estados, se necessário, como é o caso do Paraná.

FAMILIARES DAS VÍTIMAS

O Instituto Oscar Freire, localizado próximo ao IML na zona oeste da capital, recebeu 51 famílias de vítimas. Durante esses atendimentos, os familiares fornecem informações que auxiliam os peritos, além de material biológico. Até o momento, foram coletados DNA de 28 famílias em São Paulo e de outras 17 em Cascavel (PR). A Defesa Civil do estado também está prestando suporte no atendimento.

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