Manaus está sem controle após PM matar líder do tráfico

Ambulância do Samu, ônibus e viaturas policiais são destruídos, e governo cria gabinete de crise; capital amazonense está sem transporte público

MANAUS | reprodução
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Manaus viveu uma madrugada de caos neste domingo (6). Em reação ao assassinato de um líder do tráfico pela Polícia Militar (PM), integrantes da facção criminosa CV (Comando Vermelho) incendiaram 14 ônibus do transporte público municipal, duas viaturas policiais e uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Armados, os bandidos rendiam passageiros, motoristas e os obrigavam a sair do ônibus. Em seguida, ateavam fogo usando gasolina. Ninguém ficou ferido.

Já os funcionários da ambulância do Samu também foram roubados. Até agora, os socorristas eram considerados intocáveis pelo tráfico e tinham autorização para fazer resgate de baleados nas chamadas zonas vermelhas da cidade.

Manaus, capital do Amazonas, teve ataques e incêndios após assassinato de chefe do tráfico - Foto: Reprodução

Por causa dos ataques, registrados em 11 bairros de Manaus, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as empresas de ônibus retiraram a frota de circulação pela manhã, sem previsão de volta.

Os criminosos queimaram também uma viatura da PM e outra da Polícia Civil. Houve ataques em outras duas cidades, Careiro Castanho (a 124 km de Manaus) e em Parintins (369 km da capital).

No sábado (5), homens da Rocam (Rondas Ostensivas Cândido Mariano) mataram o líder do CV Erick Batista Costa, o “Dadinho”.

A facção de origem carioca controla o tráfico e os presídios do Amazonas desde janeiro de 2020, após derrotar a rival Família do Norte (FDN), esta responsável pelos massacres nos presídios de Manaus em 2017 e 2019

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