Marido suspeito de matar esposa a facadas se entrega à polícia

Segundo a polícia, ele disse que motivo foi traição da esposa. Suspeito pode não ser preso por falta de flagrante, segundo delegado

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Um homem de 36 anos é suspeito de matar a esposa de 18 anos com golpes de faca na madrugada desta quarta-feira (7), na residência da família, no bairro Central Carapina, na Serra, região Metropolitana do Espírito Santo. Segundo vizinhos, o assassinato ocorreu na presença do filho do casal, de dois anos. De acordo com a polícia, durante a manhã o marido procurou o Batalhão da Polícia Militar Ambiental, em Bairro de Fátima, no mesmo município, para se entregar. Ele foi levado à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Vitória, para prestar depoimento sobre o caso. Segundo o delegado Adroaldo Lopes, ele pode não ser preso por falta de flagrante.

Tudo começou com uma discussão entre o casal. Renildo dos Santos da Silva explicou que o motivo do assassinato foi a traição da mulher e que havia bebido antes da briga. "Eu descobri uma prova da traição, ela me confessou e falou que não ia fazer mais. Eu perdoei ela, mas ontem saí mais cedo do trabalho para resolver uns problemas e depois resolvi procurar por ela, mas não encontrei na casa da mãe e nem nem na nossa casa. Então resolvi ir para um bar beber", contou.

De acordo com a polícia, no total foram 16 facadas no corpo da vítima. O suspeito disse que se arrependeu do que fez. "Cheguei em casa e acusei ela de traição. Ela veio pra cima de mim e acabei matando. Nem pensei no meu filho naquele momento. Me entreguei porque me senti culpado, sabia que tinha que pagar pelo que eu fiz. Eu era apaixonado por ela, daria a minha vida pela dela", disse.

Renildo ainda negou que a morte tenha sido na frente do filho, mas de acordo com vizinhos do casal, o marido fugiu de casa com a criança no colo após o assassinato. Dizendo ter se arrependido do que fez, o homem se entregou à polícia. "Meu filho estava na casa de um vizinho", disse.

O caso está sob a responsabilidade do delegado Adroaldo Lopes, da DHPP, que vai ouvir o depoimento do suspeito na tarde desta quarta-feira. "Ele não foi preso em flagrante. Vamos lavrar o auto e relaxar a prisão. Vamos representar por sua prisão preventiva junto ao poder judiciário e aguardar a decisão. O crime foi horrível, mas temos que ficar atentos às prerrogativas da lei e aguardar até o fim da tarde pelo decreto, ou não, da prisão", explicou o delegado.

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