Médica teria sido intimidada horas antes de ser assassinada a tiros

A polícia vai ouvir funcionários para checar a informação de que a vítima teria sido intimidada durante seu plantão.

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Revoltados com o assassinato da pediatra Sônia Maria Santanna Stender, de 61 anos, amigos e funcionários do Hospital Getúlio Vargas, na Penha, denunciaram que muitos profissionais já receberam ameaças de acompanhantes e de pacientes, e que falta segurança para quem trabalha dentro da unidade.

A polícia vai ouvir funcionários para checar a informação de que a vítima teria sido intimidada durante seu plantão na madrugada de domingo, horas antes de ser morta.

No entanto, a principal linha de investigação da Divisão de Homicídios (DH) é a de latrocínio (roubo seguido de morte), apesar de nenhum pertence da vítima ter sido levado.

Sônia foi morta na Penha, após ser abordada por bandidos que estavam num Meriva branco, roubado horas antes. O veículo foi abandonado em acesso à Vila Cruzeiro.

Na madrugada de domingo, uma pessoa contou ter visto um homem pedindo à médica que atendesse uma criança no terceiro andar da unidade: ?Ela explicou que a criança teria que passar pela triagem primeiro. O homem fez fotos dela com o celular e depois saiu?.

Amigos relataram que ameaças a profissionais são frequentes. ?Ela pode ter sido vítima de vingança de algum paciente. Não tem policiamento e as pessoas entram lá armadas. Ficamos 12 horas operando uma pessoa que, depois que saiu do centro cirúrgico, levou tiro e morreu. Um ortopedista chegou a levar soco porque não tinha gesso no hospital?, contou amiga da médica, que preferiu não se identificar.

O delegado Rivaldo Barbosa disse que a informação sobre a suposta intimidação à médica será checada. ?Já ouvimos parentes e vamos chamar os funcionários. Nenhuma hipótese está sendo descartada, mas, até agora, o mais provável é que os criminosos tenham tentado levar o carro dela?, disse Rivaldo, que procura câmeras que tenham registrado imagens do crime.

Nesta segunda-feira, a filha da vítima prestou depoimento. Equipes da delegacia voltaram ao local do crime e buscaram novas testemunhas. O Space Fox da vítima e o Meriva que estava com os bandidos foram periciados.

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