A Polícia Civil de São Paulo colheu os depoimentos de dois envolvidos na morte do médico Aurélio Tadeu de Abreu, de 48 anos. Ao MeioNews, a delegada Kelly Cristina Sacchetto relatou que a vítima foi dopada enquanto os criminosos realizavam o assalto. No entanto, o médico teria acordado e reagido, fazendo com que os suspeitos o amarrassem e o enforcassem com uma guia de cachorro, provocando o óbito. O crime ocorreu dentro da casa do profissional, em São Bernardo do Campo.
COMO OCORREU: Câmeras de segurança registram toda a movimentação. Em um certo momento, Aurélio sai com uma mulher e retornam por volta das 21h. Depois, dois homens são vistos em frente à residência. Eles ficam aguardando do lado de fora por cerca de 30 minutos e depois entram no imóvel. Horas depois, um suspeito pega o veículo do médico e foge. O outro homem e a mulher saem a pé do local.
Vídeos obtidos pelo MeioNews mostram o corpo de Aurélio caído no chão e o interior da residência, que chama atenção por ser inusitado. No fim de semana, dois envolvidos no crime, Diego Marques e Carolina Bival de Medeiros, foram presos. Eles confessaram que teriam colocado uma substância na bebida da vítima e que não teriam a intenção de matá-la.
“Um rapaz e uma moça alegaram ter colocado uma substância na bebida para dopá- lo, mas acredito que deu certo, e ele teve reação quando anunciaram o roubo. Os criminosos usaram uma guia de pescoço e amarraram as mãos do médico. A moça que foi presa nega ter participado das agressões [...] assim que perceberam que o médico não esboçava reação, foram em busca de valores, dinheiro e não encontraram, roubando assim, o carro”, contou a delegada, fundamentada nos depoimentos.
Acredita-se, num primeiro momento, que os criminosos apertaram demais a guia no pescoço do médico, sufocando-o. No entanto, apenas o laudo necroscópico vai concluir a real causa da morte de Aurélio Tadeu de Abreu. “Eles amarraram e o deixaram no chão para não esboçar reação”, disse.
Questionada se os indivíduos conheciam o médico, a delegada Kelly Cristina Sacchetto relatou que a mulher havia alegado não o conhecer, e que somente o foragido tinha relação com a vítima. Aurélio realizava procedimento de estética em sua residência e fazia festa com frequência, segundo vizinhos.