A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta sexta-feira (26) uma operação que investiga ao menos seis médicos suspeitos de lucrar mais de R$ 1 milhão com cobranças indevidas. Segundo as investigações, eles receberam dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para realizarem procedimentos que eram de graça.
Os policiais cumprem oito mandados de busca e apreensão em Goiânia. As investigações encontraram indícios que os suspeitos, que não tiveram suas identidades divulgadas, cobravam para fazer partos cesarianos em pacientes de baixa renda internados pelo SUS.
Segundo a polícia, os investigados lucravam ao receber pagamentos em troca da autorização de internação de pacientes gestantes pelo SUS. Conforme apurou a polícia, ao mesmo tempo, os investigados exigiam o pagamento de valores entre R$ 1,8 mil e R$ 2,8 mil, que podiam ser parcelados ou pagos integralmente, mas com a quitação total na data do parto.
Esses valores eram exigidos para supostamente cobrir os custos do procedimento e acomodação posterior em leitos de enfermaria. A reportagem apurou que os crimes aconteceram de 2014 a 2017 em um hospital particular conveniado ao SUS. Foram ouvidas 216 vítimas, mas foi registrado o total de 606 vítimas.
Além disso, a polícia encontrou indícios também que os suspeitos cobravam os pacientes pelos procedimentos: angioplastia coronária, com a colocação de “stent” farmacológico. A polícia disse que usou como base para a investigação 10 auditorias da SMS e uma da Secretária Estadual de Saúde (SES-GO).
Conforme divulgado pela polícia, em outros casos, os suspeitos cobravam da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) por “supostos procedimentos realizados em pacientes atendidos pelo SUS, na área de cardiologia, mediante a apresentação de laudos de eletrocardiogramas idênticos para dois pacientes distintos”.
Ainda segundo a polícia, os médicos eram funcionários públicos por equiparação, que é quando alguém trabalha para uma empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.
Os médicos foram autuados por corrupção e falsidade ideológica e são investigados por concussão, falsidade ideológica e associação criminosa, conforme divulgado pela corporação.
VEJA MAIS NOTÍCIAS NO MEIONORTE.COM