Uma criança de apenas 12 anos está grávida de sete meses e vive maritalmente com um homem de 25 anos, segundo informa o Conselho Tutelar da zona Leste de Teresina.
De acordo com o conselheiro Ivan Cabral em entrevista ao meionorte.com, a informação chegou ao local através de denúncias anônimas. “A gente recebeu a denúncia pelo telefone institucional do Conselho, de que tinha uma criança de 12 anos que estava gestante e sofria agressão do seu companheiro. Nos deslocamos até lá e chegando ao local comprovamos que a denúncia é verídica, tanto da agressão, quanto da gravidez, o que caracteriza estupro de vulnerável segundo o código penal”, declarou.
O conselheiro informou ainda que o abusador não faz parte da família da menor. “Eles se conheceram na própria comunidade onde moram, não são familiares, mas tudo ocorre com o consentimento da família dela. Eles moram no mesmo teto em um terreno no quintal da casa da família dela. Em nenhum momento ela afirmou se foi forçado”, afirmou.
A criança relatou para os conselheiros que os dois estão juntos há quase um ano e que ela não estava frequentando a escola. “Em nenhum momento ela afirmou se foi forçado, eles já vinham mantendo um relacionamento. Ela afirmou que ele proibiu ela de frequentar a escola antes da pandemia e durante a pandemia ela não participava de aulas através de vídeo chamadas porque ele quebrou o celular dela”, disse o conselheiro.
“O que mais chama atenção nesse caso é que ela tem um pré-natal, fez ultrassom no posto de saúde da região onde ela mora, os profissionais do posto de saúde vendo uma criança de 12 anos grávida não comunicaram ao Conselho Tutelar, a transferiram para a Maternidade Evangelina Rosa e lá também não comunicaram ao conselho. A gente ficou sabendo através de denúncias e não por meio dos órgãos de saúde”, afirmou Ivan Cabral.
Segundo o conselho, a menina foi encaminhada para a família extensa. “Ela saiu daquela casa e foi para a família extensa. Ontem nós ainda tivemos contato com o abusador, mas não sabemos para onde ele foi depois. O Conselho Tutelar não tem essa atribuição de prender, mas esperamos que seja apurado o fato e que ele possa responder conforme manda a lei”, declarou.