Menina de 12 anos “casada” com padrasto afirma que se apaixonou

Ele foi preso e falou que pretendia se casar quando menina completasse 18 anos.

O padrasto foi detido em flagrante por sequestro e cárcere privado. | Divulgação/Polícia Civil do RS
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A adolescente de 12 anos que foi encontrada vivendo com o padrasto, de 36 anos, diz que se apaixonou pelo homem e que não fugiu de casa forçada. Ele foi preso nesta terça-feira (23) em Candelária, a mais de 200 km de Porto Alegre (RS).

A menina era tida como desaparecida há cinco meses. Vizinhos estranharam o relacionamento dos dois e chamaram a polícia. A garota contou que está feliz de voltar para a casa da mãe, mas que está com saudade do padrasto.

- Começou o carinho a crescer. Nós nos aproximamos e daí foi virando em algo mais forte. Na dimensão que ele ia se achegando, eu também ia me achegando. Eu disse pra delegada que estava com medo de voltar pra casa. Mas quando eu voltei, eu tava com muita saudade daqui [cidade de Candelária].

A menina morava em Canoas com a mãe. A mulher conta que era casada, mas que percebeu que o marido mudou de comportamento depois que a filha começou a crescer. Isso ocorreu há cerca de dois anos. Ela pediu a separação e foi viver em outra cidade, mas o homem manteve contato com a enteada.

- Quando ela começou crescer, botar corpo de mocinha, botar peito, cintura. Quando ela começou a entrar na puberdade dela, eu vi que ele começou a mudar.

Ele foi detido em flagrante por sequestro e cárcere privado. Em depoimento, ele afirmou aos policiais que os dois pretendiam se casar quando ela completasse 18 anos. De acordo com a delegada Priscila Salgado, além da desconfiança dos vizinhos, o "casal" chegou à cidade sem documentos, o que teria dificultado o aluguel de uma casa. A foto da menina, dada como desaparecida, foi encontrada após uma busca na internet.

O homem trabalhava como segurança. De acordo com as informações da polícia, a menina era obrigada a ficar em casa por não ter documentos.

A adolescente voltou a Canoas, onde vai passar por tratamento psicológico. Segundo a delegada, o reencontro com familiares foi emocionante.

? O encontro dela com a família foi emocionante. Ela ficou feliz, estava com saudade da mãe, da irmã mais nova.

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