A Polícia Civil do Amazonas está investigando o caso de Luiz Eduardo Arcanjo Cordovil, um menino de 10 anos agredido por outros menores na saída de uma escola da rede municipal de ensino no bairro Cidade Nova, em Manaus, na quinta-feira (1º). O pequeno foi internado, mas não resistiu. A briga começou porque ele se recusou a fazer um trabalho para o agressor.
COMO ACONTECEU?
O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais (Deaai). Segundo a mãe de Luiz, na ocasião, ele chegou em casa relatando dores nas costas e alegando que havia se machucado ao cair na escola.
"Eu ainda perguntei se ele tinha caído ou se alguém teria batido nele. Ele disse que caiu e 'só queria uma massagem para ficar bonzinho' , pedi para ele deitar e fiz", contou Darlene ao g1.
No final de semana, a família decidiu ir a um sítio no interior do Amazonas. Lá, Luiz começou a reclamar novamente de dores para os pais, que optaram por retornar imediatamente a Manaus. De acordo com a mãe, durante o caminho de volta, o filho revelou a verdade sobre o que havia ocorrido na saída da escola.
"Ele contou que estava no colégio e um colega pediu para fazer a tarefa para ele. Porém, meu filho disse que não ia fazer porque a tarefa era individual. Foi quando o agressor fez a ameaça e disse que o pegaria na saída. O Luiz Eduardo ainda lembrou que foi atacado por trás, foi puxado e jogado no chão", contou a mãe.
AGRESSÃO FOI TESTEMUNHADA
Darlene Arcanjo disse, ainda, que um amigo do filho testemunhou a confusão e contou que o agressor chegou por trás de Luiz Eduardo, deu uma rasteira nele, que caiu com a cabeça no chão e começou as agressões.
INVESTIGAÇÃO
O Instituto Médico Legal (IML) apontou edema cerebral, hemorragia, traumatismo craniano e ação contundente como as causas da morte de Luiz Eduardo. O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Apuração de Atos Infracionais.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação de Manaus (Semed) disse que nenhum fato foi registrado pelas câmeras de segurança da unidade escolar, e que, ao ser informada da situação, deu total apoio à família com transporte e providenciando o auxílio-funeral. A pasta também disse que se coloca à disposição para colaborar com as investigações.