A Polícia Civil divulgou, nesta segunda-feira (12), as imagens do circuito interno de segurança que mostram a ação de cinco menores furtando e cometendo atos de vandalismo na Escola Municipal Professor Eruce Paulucci, em Avaré (SP).
As câmeras flagraram os menores entrando pelo pátio da escola depois de pularem o portão. Eles colocam camisetas no rosto para não serem identificados e vão de sala em sala à procura de objetos. Um deles mexe nas câmeras para não serem filmados. Depois de insistirem, conseguem abrir um armário dos professores, onde pegam materiais como lápis de cor, caderno e borracha. De acordo com a direção da instituição, também foram levados 20 pares de calçados que seriam distribuídos para os alunos e bolas de futebol.
Segundo a polícia, três crianças, de 6, 7 e 8 anos, e dois adolescentes, de 14 e 15 anos, confessaram o crime na última sexta-feira (9). Acompanhados dos pais, eles também afirmaram ter furtado R$ 150 em dinheiro e disseram à polícia que gastaram o dinheiro comprando pastéis, refrigerantes e sorvetes. Os objetos furtados que estavam na casa dos menores foram devolvidos pelos pais dos suspeitos.
De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), apesar das imagens, ainda é preciso aguardar o laudo da perícia técnica. O caso foi registrado como ato infracional e será encaminhado ao Juizado da Infância e Juventude, que deve tomar as providências cabíveis. O Conselho Tutelar deve ser acionado para fazer o acompanhamento das famílias dos menores envolvidos no furto.
Entenda o caso
Em menos de 20 dias, a escola municipal, no Bairro Plimec, foi alvo de vândalos por duas vezes. A última ação, que aconteceu durante o feriado do Dia do Trabalho (1º), deixou marcas de destruição. Os suspeitos invadiram o local e levaram alguns materiais, além de danificarem portas e armários.
O crime foi descoberto apenas na segunda-feira (5), pois a escola permaneceu fechada por quatro dias. Oito portas foram arrombadas, portanto, fechaduras e maçanetas ficaram quebradas.
A coordenadora municipal Maria de Fátima Vasques do Prado, diz não entender o que teria motivado o crime. ?Quando chegamos, nos deparamos com as portas todas quebradas e os armários das professoras abertos. Foi um ato de vandalismo mesmo, mas sem razão e sem ter um porquê", comenta.