Merendeira confessa ter envenenado comida de escola

Segundo o depoimento, Wanuzzi encontrou o veneno embaixo da pia da cozinha

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Uma merendeira que trabalha há apenas três semanas na Escola Estadual Doutor Pacheco Prates, em Belém Velho, Porto Alegre, confessou nesta sexta-feira ter colocado veneno contra ratos no estrogonofe servido no almoço de quinta-feira na escola. Wanuzi Mendes Machado, 23 anos, disse não saber por que colocou Nitrocin na comida que envenenou 36 alunos, professores e funcionários, inclusive ela própria.

"Trabalhamos com a hipótese de problemas psicológicos. Ela confirmou ter ingerido a comida envenenada. Perguntei se havia desavenças entre ela e a direção da escola ou algum aluno, mas ela negou qualquer problema dessa natureza. Disse que foi "coisa de momento", que não tinha premeditado", afirmou o delegado Cléber dos Santos Lima, da Delegacia de Homicídios e Desaparecidos (DHD) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Segundo o depoimento, Wanuzzi encontrou o veneno embaixo da pia da cozinha e esvaziou duas embalagens de Nitrocin no estrogonofe. Ela foi liberada, mas a polícia entrou com representação pela prisão preventiva da merendeira, que será indiciada por tentativa de homicídio qualificado. Todas as vítimas foram socorridas na quinta-feira, com sintomas como náuseas, vômito, dores de barriga e cabeça, mas não apresentaram complicações de saúde consideradas graves.

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