- Mesmo com a implementação de serviços como Patrulha no Bairro e a intensificação das rondas policiais nos bairros, a violência está crescendo em São Luís. Os números comprovam isso. Conforme dados do Instituto Médico Legal (IML), chega a 29 a quantidade de homicídios ocorridos na Ilha nos primeiros 17 dias do ano. A média este mês já é maior que a do mesmo período do ano passado.
Conforme dados do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), em janeiro do ano passado foram registrados 35 homicídios nos quatro municípios que compõem a Ilha de São Luís. Isso representa uma média de 1,12 assassinatos por dia na região metropolitana da capital maranhense. Este mês, somente nos 18 primeiros dias, foram registrados 29 homicídios ? uma média de 1,61 por dia ou um assassinato a cada 15 horas. Isso significa um crescimento de aproximadamente 45% na média de assassinatos ocorridos em São Luís durante este mês de janeiro, em comparação à média do primeiro mês do ano passado.
Até o momento, das 29 mortes registradas na Ilha de São Luís nos 18 primeiros dias do ano, 15 delas (51%) ocorreram por crimes com armas de fogo. O restante por arma branca. Das 29 vítimas de homicídios em São Luís, quatro são corpos encontrados pelo IML e que, até o fechamento desta edição, não haviam sido identificados. O último caso foi de um homem encontrado morto em uma invasão próxima ao Parque Timbira. O mês de janeiro também está sendo marcado pelos homicídios ocorridos por motivos torpes em que pessoas, que se solidarizaram com problemas de algum semelhante, acabaram morrendo após discussões ou tentativas de assalto. Somente nesse mês, foram dois casos registrados.
Casos
O caso com maior destaque foi o homicídio do chefe do Núcleo de Operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Márcio Pereira Queiroga, de 34 anos. Ele foi assassinado na noite da segunda-feira passada nas proximidades da Academia Gym, na avenida São Luís Rei de França, no Turu. Ele tentou salvar duas mulheres que estavam sendo assaltadas por bandidos da região. Os autores do crime já foram presos.
Dois dias antes, o comerciante Josemar Gusmão, de 43 anos, foi morto com três tiros após tentar ajudar uma garçonete que trabalhava em sua lanchonete, no bairro Anjo da Guarda. Ele foi morto por um homem identificado como Robson Ruy Costa Belfort. Robson foi preso, depois de quase ter sido linchado por mototaxistas que trabalharam próximo à lanchonete de Josemar. Robson disparou três tiros em direção ao comerciante por ciúmes porque Josemar havia deixado sua funcionária em casa depois de ela passar mal durante o horário de expediente.
Também chamam atenção neste mês crimes passionais ou entre familiares. Somente na semana passada, foram dois casos registrados. Daniel Silva Reis, de 14 anos, morador da Raposa, foi morto a facadas no domingo da semana passada pelo seu próprio cunhado. Um dia depois, ainda na Raposa, Luís Sousa Barroso foi assassinado a golpes de facão pelo próprio sobrinho, Tiago Sousa Barroso. O assassinato aconteceu depois de uma briga de família. Tiago estava discutindo com suas irmãs e ficou enfurecido quando o tio tentou intervir na briga.