A maioria dos 18 turistas assassinados após serem sequestrados no balneário mexicano de Acapulco apresenta marcas de fortes golpes na cabeça e alguns, inclusive, foram enterrados vivos, denuncia um relatório forense, que teve trechos divulgados neste domingo.
Os corpos dos 18 turistas foram levados a Morelia, capital do vizinho estado de Michoacán, onde onde eram originários, para seu sepultamento, enquanto as autoridades afirmaram que continuam procurando outros dois integrantes do grupo.
Os 20 foram sequestrados em 30 de setembro, ao chegar a Acapulco para passar o fim de semana, e os corpos de 18 deles foram achados em uma fossa comum, encontrada na terça-feira após uma denúncia anônima.
O relatório diz que 16 dos cadáveres "apresentam fortes traumatismos no crânio e dois outros de impactos de bala" e que "vários deles foram enterrados ainda com vida", disse uma fonte da promotoria, ao divulgar os trechos do documento.
O massacre dos turistas foi atribuído a um dos grupos de narcotraficantes envolvidos em disputas pelo controle do comércio de drogas ilegais em Acapulco.
Em um vídeo divulgado na internet, dois dos supostos assassinos dos turistas confessavam, antes da execução, que o crime foi cometido por ordem de um chefe da organização do americano Edgar Valdez, apelidado de "La Barbie", detido em agosto.
A organização de "La Barbie" trava uma disputa em Acapulco e outras cidades de Guerrero com o cartel dos irmãos Beltrán Leyva, do qual se separou, e com "La Familia Michoacana", um poderoso cartel conhecido por seu caráter sanguinário