Um papiloscopiosta identificado como Renato Couto de Mendonça, do Instituto de Identificação Félix Pacheco, órgão vinculado à Polícia Civil do RJ, foi morto por três militares da Marinha após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte do Rio. O caso aconteceu na última sexta-feira (13).
De acordo com as investigações, o trio usou um veículo oficial da Força para ocultar o corpo do perito. Um sargento se entregou no 1º Distrito Naval e confessou o crime.
A vítima era esperada para um plantão no Félix Pacheco no sábado (14), mas não apareceu. A polícia foi acionada.
Equipes da Delegacia de Homicídios, da 18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco rastrearam o celular de Renato e descobriram, então, que o perito teve uma briga com Lourival Ferreira de Lima, dono do ferro-velho, na Mangueira.
O crime
O papiloscopista fazia uma obra na Praça da Bandeira e, segundo as investigações, foi vítima de uma sequência de furtos, todos registrados em delegacia. Na sexta de manhã, Renato acabou achando materiais dele no ferro-velho de Lourival e chegou a obter um acordo de ressarcimento pela receptação das peças levadas.
Ao retornar ao ferro-velho, à tarde, Renato foi vítima de uma emboscada armada por Lourival, que chamou o filho, Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, e dois colegas de farda: o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares.
Os quatro tentaram colocar Renato à força numa van da Marinha. O perito resistiu e entrou em luta corporal, mas acabou baleado por Bruno. Disparos lhe acertaram a perna e a barriga.
Não se sabe se Renato ainda estava vivo quando o grupo o pôs na van nem na hora em que os criminosos o jogaram de uma ponte do Arco Metropolitano sobre o Rio Guandu.
Lourival, Bruno, Daris e Manoel foram presos.