Ministério Público pode pedir reconstituição do assassinato de delegado em Fortaleza

Ministério Público pode pedir reconstituição do assassinato de delegado em Fortaleza

Ministério Público pode pedir reconstituição do assassinato de delegado em Fortaleza | Diário do Nordeste
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O Minist?rio P?blico poder? requisitar, nas pr?ximas horas, a reconstitui??o da morte do delegado da Pol?cia Civil, Cid J?nior Peixoto do Amaral, 60. Cid J?nior foi morto, com um tiro na cabe?a, na noite da ?ltima quarta-feira. O acusado do crime ? o procurador aposentado Ernandes Lopes Pereira, 59, que est? preso, em flagrante, e recolhido numa cela especial do quartel do Corpo de Bombeiros Militar.

As contradi?es e diverg?ncias, anotadas pela Pol?cia e pelo MP nos depoimentos das testemunhas j? ouvidas, s?o apontadas como as principais raz?es para o pedido da reprodu??o simulada do caso.

Al?m da reconstitui??o, o promotor Jos? Evil?zio Alexandre da Silva, da comarca do Eus?bio (Regi?o Metropolitana de Fortaleza), afirmou que tamb?m existe uma grande possibilidade de o motorista do procurador, principal testemunha da morte, prestar novas declara?es ? Pol?cia.

Testemunha

O novo depoimento do motorista, segundo Evil?zio Alexandre, serviria para esclarecer alguns pontos do seu primeiro depoimento. De acordo com o promotor, o Minist?rio P?blico quer ter a impress?o exata do que ele (motorista) presenciou na hora da morte de Cid J?nior.

O promotor ressaltou ainda que solicitar? urg?ncia na entrega dos resultados dos laudos periciais, que devem ficar prontos na pr?xima quinta-feira (21), apenas um dia antes do prazo final para conclus?o do Inqu?rito Policial.

?Os laudos s?o a materialidade dos fatos, o que vai comprovar como foi a morte, a dist?ncia (do atirador para a v?tima), e servem, tamb?m, de base para comprovar ou n?o o que dizem as testemunhas.?

Durante toda a tarde de ontem, cinco pessoas foram ouvidas pelo delegado Andrade J?nior, que preside o inqu?rito. A primeira a prestar depoimento, que durou cerca de duas horas, foi a mulher de Cid, Francisca Paula Coelho de Sousa.

Em seguida, foi a vez de Francisca Pinheiro Pereira, mulher do procurador Ernandes Lopes. Ao sair do local, ela afirmou que o marido n?o ? assassino. J? Paula Sousa, ao ser perguntada sobre a hip?tese de tiro acidental, afirmou: ?Por que ele n?o socorreu (a v?tima), se foi acidente? Quando ? acidente, a pessoa tem que socorrer n?? E n?o a pr?pria fam?lia dizer para a gente correr para n?o morrer?, desabafou.

De acordo com Andrade J?nior, apenas a mulher de Cid J?nior confirma essa vers?o. ?As outras testemunhas disseram que sa?ram correndo com medo de serem atingidas pelos tiros?, afirma o delegado.

Al?m das mulheres dos principais envolvidos na morte do delegado, o diretor do Departamento de Pol?cia Metropolitana (DPM), delegado Franco J?nior e as empregadas do procurador acusado, Ant?nia Gomes Fortaleza e Antoneuza Abreu Soares, tamb?m foram ouvidos na tarde de ontem. Para Andrade J?nior, nenhuma das testemunhas ouvidas presenciou o momento do tiro e, por isso, n?o podem esclarecer se o disparo foi intencional ou n?o.

Daniel Barreto, um dos advogados do procurador Ernandes Lopes, afirmou que seu cliente est? consternado. Ele disse ainda que vai provar que o disparo foi acidental.

Hoje, ?s 20 horas, na Catedral Metropolitana de Fortaleza, Centro, ser? realizada a Missa de 7? dia em sufr?gio da alma do delegado Cid.

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