Morre estudante que foi baleado durante show de sertanejo

Na noite dos fatos, a Polícia Militar chegou a deter dois suspeitos pela prática do crime.

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Morreu na manhã deste domingo, enquanto passava por recuperação pós-cirúrgica no Hospital Regional de Base, em Presidente Prudente (SP) o estudante Matheus Vieira Zoccante, de 18 anos, baleado na axila e ferido com lesões e fraturas pelo corpo por agressões provocadas por chutes. Ele foi atingido com um tiro na axila na madrugada da sexta-feira quando assistia a um show musical da dupla sertaneja Fernando e Sorocaba durante a realização da 49ª Exposição de Animais no Recinto Jacob Tosello, em Presidente Prudente (565km a oeste de SP).

Testemunhas contaram na polícia que o estudante foi atingido por um tiro e quando caiu no solo, ele ainda foi espancado por ouras duas pessoas, um desses agressores tinha nas mãos uma arma de fogo. Matheus foi socorrido e levado para o Hospital Regional onde passou por cirurgia, mas não resistiu ao tratamento e morreu na manhã deste domingo.

Na noite dos fatos, a Polícia Militar chegou a deter dois suspeitos pela prática do crime. Conforme relatos de testemunhas, os agressores teriam sido um homem com camisa avermelhada e boné listrado em preto e branco e outro de camiseta e boné branco.

Uma funcionária do setor de estacionamento disse na polícia que os dois chegaram ocupando um carro prata. O de camisa avermelhada estava com a roupa rasgada e portava uma arma de fogo presa junto a sua cintura. "Ele estava muito nervoso e fez questão de mostrar a arma e ainda disse que nesta noite levaria pelo menos uns quatro com ele", disse a funcionária em seu depoimento na polícia. A mulher disse que avisou ao seu chefe que por sua vez, alertou ao responsável pela segurança, mas não houve tempo de impedir o ingresso do rapaz armado ao recinto. Uma vez entre a multidão, ele sacou a arma e atirou atingindo Matheus. Depois, com a ajuda do comparsa, ainda agrediu a vítima, já caída no solo.

Os dois suspeitos chegaram a ser detidos pela PM, foram reconhecidos pelas testemunhas, mas não portavam a arma. Eles foram identificados, passaram por exames residuográficos (que encontra resquícios de pólvora na pele de quem acionou a arma de fogo), mas foram liberados em seguida.

Silvana Aparecida Silva, de 42 anos, tia de Matheus, disse que a família está indignada com o ocorrido: "o Matheus era um menino bom, tranquilo, nunca foi de confusão. Temos certeza de que ele não participou de nenhuma briga. Ele foi apenas uma vítima como qualquer outra pessoa da multidão. Isso é inadmissível. Como é que os organizadores de um evento que recebe milhares de pessoas e mantém seguranças particulares, deixa entrar uma pessoa armada. Foi sim uma tragédia anunciada e a família vai buscar a Justiça para cobrar, pois isso não pode ficar impune", afirmou a tia do rapaz morto.

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