A recém-nascida fillha de Patrícia Aparecida Pimenta Rosa, de 32 anos, uma das quatro vítimas assassinadas no Recreio dos Bandeirantes, não resistiu e morreu na madrugada deste sábado (17). O corpo da mulher foi levado para uma maternidade, onde os médicos realizaram o parto e fizeram várias tentativas de reanimação, mas o bebê não resistiu, segundo a Secretaria municipal de Saúde. Patrícia estava grávida de 8 meses e um irmão dela, Francisco Pimenta Rosa, de 25 anos, também morreu na confusão, assim como o marido dela, Lutero Barbosa da Silva, e uma mulher que passava pelo local.
A família de Patrícia já tinha enfrentado por uma tragédia há pouco mais de um ano. Ela era irmã de Júlio Pimenta Rosa, de 22 anos, um rapaz autista que foi torturado e morto por traficantes na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele tinha desaparecido na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e um vídeo que circulava nas redes sociais mostrava ele sendo torturado e queimado vivo por traficantes, na favela Gogó da Ema, no Complexo do Chapadão, na Zona Norte.
"Meu irmão não era ladrão, nem traficante. Ele era uma criança, com mentalidade de 5 ou 6 anos. Tiraram ele daqui, sem autorização da família. Fizeram uma covardia com mais um inocente", disse Patrícia.
A Polícia Civil já identificou e procura o suspeito de atirar contra quatro pessoas em na comunidade do Terreirão, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Patrícia Aparecida Pimenta Rosa, de 32 anos, Markeli Maria Leite Mateus, de 44 anos, Francisco Pimenta Rosa, de 25 anos, e Lutero Barbosa da Silva, de aproximadamente 36 anos, foram mortos na noite de sexta-feira. A Delegacia de Homicídios (DH-Capital) apura as circustâncias do crime, realizou a perícia no local e busca localizar o suspeito, um policial militar reformado, para prendê-lo.