Motociclistas sofrem com assaltos em Timon

Contudo, na mesma medida que há um aumento considerável da frota de motocicletas na cidade.

As facilidades de pagamento estão fazendo com que os timonenses comprem mais motos. | Reprodução
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O número de roubos a motocicletas em Timon não para de crescer e tira o sossego dos proprietários desse tipo de veículo. O número de motocicletas circulando pelas ruas da cidade é grande, e esse aumento é explicado pelas atuais facilidades de pagamento e de financiamento.

Contudo, na mesma medida que há um aumento considerável da frota de motocicletas em Timon, também foi proporcional o aumento dos roubos que levam prejuízo aos proprietários.

De acordo com dados da Pol ícia Militar do Maranhão, cerca de 100 casos de furtos e roubos a motos foram registrados só nos últimos meses, mas para alguns moradores de Timon esse número é bem maior, tendo em vista que as notí- cias dão conta de que entre duas a três motos são roubadas ou fur tadas todos os dias na cidade.

Para os mototaxistas, que trabalham no cotidiano da cidade, e tem as motocicletas como meio de vida e sustento, o número de roubos e furtos é bem maior do que o registrado oficialmente, como enfatiza Alexandre Meneses, 25 anos, que trabalha como mototáxi há 4 anos.

?Só no Natal, de conhecidos meus, roubaram quatro motos, e no réveillon foi outro tanto. Aqui a bandidagem está instalada e existem mesmo quadrilhas especializadas só em roubar motos. A gente trabalha com medo e já conhece a cara dos bandidos, mas a polícia não faz nada?, denuncia.

A Associação de Mototaxistas de Timon calcula que existem hoje cerca de 1.500 mototaxistas circulando pela cidade e prestando seus serviços. A padronização das motos já começou a ser implantada, a exemplo do que aconteceu em Teresina.

Com isso, a classe espera que os roubos diminuam, já que as motos ganharão uma pintura verde limão e serão mais fáceis de serem reconhecidas, dificultando a venda pelos bandidos.

?A padronização já começou a ser feita e, de início, foram chamados 350 mototáxistas. Explicaram para a gente que esse processo vai ser feito em etapas e podemos continuar rodando ainda sem a padronização, mas enquanto isso eu evito alguns bairros mais isolados com medo dos assaltos?, revela o mototaxista Alexandre.

Quadrilhas preferem motos novas e caras

Os crimes de roubo a? mão armada são os mais comuns e os motociclistas revelam que o modus operandi dos bandidos é quase sempre o mesmo.

?Eles abordam a vítima geralmente em locais de pouca movimentação e em dupla com arma de fogo na mão. Os bairros onde a gente sabe que tem mais assalto é no centro da cidade, no Bairro Santo Antônio e no Parque Piauí?, denuncia o mototaxista Mário Novaes, 31 anos.

Há alguns bairros que também são evitados pelos motociclistas que evitam de circular por esses locais à noite. Entre os locais considerados mais perigosos pelo isolamento e pela atuação de ladrões estão a Vila do BEC, Bairro Cidade Nova, Vila João Reis, Conjunto Boa vista e alguns loteamentos entre outros.

A preferência dos bandidos é, quase sempre, pelos modelos mais caros e seminovos. E os mototaxistas ainda denunciam que muitos dos roubos já são encomendados.

?Quando eles fazem os assaltos eles sabem o que querem e a gente desconfia que a maioria das motos roubadas aqui é levada para o interior do Maranhão e vendida por um preço mais barato. Lá é pior do que aqui em Timon e não tem fiscalização por isso a impunidade é o que predomina. Só quem fica no prejuí- zo mesmo é o trabalhador?, destaca o morador Mário Novaes.

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