Por Lucas Padula
O Ministério Público de SP pediu o arquivamento do processo que investiga a causa da queda do helicóptero em Paraibuna entre o final do ano de 2023 e começo do ano de 2024 que vitimou quatro pessoas: Luciana Rodzewics, de 45 anos; Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana); Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia) e Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (o piloto).
Segundo o relatório do MP, há ausência de indícios de crime que comprovem falha ou erro que possa ser revertido em uma ação penal.
O QUE DIZ AS INVESTIGAÇÕES?
Recentemente um laudo preliminar do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáutico (Cenipa), divulgou um relatório preliminar que aponta que o helicóptero modelo Robinson R44, prefixo PR-HDB que decolou do aeroporto Campo de Marte com destino a Ilhabela colidiu com vegetação em área de mata.
"A aeronave decolou do aeródromo Campo de Marte (SBMT), São Paulo, SP, com destino ao heliponto Maroum (SJDO), Ilhabela, SP, com um tripulante e três passageiros a bordo, a fim de realizar voo privado. Durante o voo, a aeronave colidiu com a vegetação em área de mata do município de Paraibuna, SP", diz o relatório do Cenipa.
A delegacia de Paraibuna, sob comando do Delegado Dr Rafael Pellizzola exauriu as investigações concluindo pela ausência de indícios de crime, enviando seu relatório final à justiça. Com isso, o Ministério Público opinou por se tornar incabível "a propositura de ação penal, ante a ausência de qualquer indício de crime".
12 DIAS DE BUSCAS
O último contato feito pela aeronave foi na tarde do dia 31 de dezembro, um domingo, e mobilizou uma busca que envolveu Força Aérea Brasileira, Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros de São Paulo.
O helicóptero que tinha como destino Ilhabela, no Litoral Norte de SP e que levava quatro ocupantes, desapareceu depois de fazer um pouso forçado. Letícia havia encaminhado ao namorado uma foto do ar que mostra o tempo completamente fechado. Por haver ainda uma visibilidade, a aeronave levantou voo e tentou voltar para SP, mas foi quando acabou batendo numa montanha numa distância de 11 km de onde havia pousado.
Desde que foi comunicado o desaparecimento, equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), colocaram seus aviões e realizaram cerca de 135 horas de voo ao longo dos 12 dias, numa aérea de cinco mil quilômetros quadrados. Os trabalhos se concentraram na região da Serra do Mar, entre o Vale do Paraíba e o Litoral Norte. Cidades como Paraibuna - onde a aeronave foi encontrada - Natividade da Serra, Redenção da Serra, Salesópolis e Caraguatatuba foram sobrevoadas ao longo dos 12 dias de buscas. Aeronaves da Polícia Militar e Polícia Civil também integraram as buscas.
No dia 12 de janeiro, a aeronave foi encontrada na mata. Nossa equipe esteve no local e acompanhou de perto a missão de resgate dos corpos e dos destroços da aeronave.